A sociedade conta desde sexta-feira (19) com um sistema inovador de controle das ações humanas sobre ass terras indígenas e as áreas de conservação da Amazônia.
Trata-se do Programa de Monitoramento de Áreas Especiais (ProAe), um projeto desenvolvido pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).
Uma das principais vantagens do ProAe é a facilidade que o público terá para ter acesso às informações, como dados sobre o desmatamento. O sistema, desenvolvido pelo Centro Técnico e Operacional de Porto Velho (CTO/PV) do Censipam, permite que dados sobre a antropização nas terras indígenas e áreas especiais (ou seja, a ação do homem sobre o meio ambiente nessas regiões) sejam acessados em computadores comuns e sem a necessidade de técnicos especializados, inclusive com a utilização de softwares livres.
Dessa forma, as informações poderão ser facilmente consultadas, subsidiando com agilidade a tomada de decisões em defesa do meio ambiente e envolvendo o público em geral na preservação da Amazônia.
O Diretor-Geral do Censipam, Marcelo de Carvalho Lopes, explica que o ProAe diferencia-se de outros projetos de monitoramento territorial por sua agilidade no acesso aos dados e também por apresentar informações com alto grau de detalhamento. Isso significa que até mesmo pequenas intervenções no meio ambiente são identificadas por meio do ProAe, permitindo a adoção de medidas de prevenção contra futuros prejuízos, como o aumento de áreas de desmatamento. Os dados do ProAe estão agora disponíveis para os mais diversos órgãos que têm atuação na Amazônia, como Secretarias Estaduais e Municipais de Meio Ambiente, Defesa Civil, Ministério Público, prefeituras e universidades.
Estão reunidas no ProAe cartas-imagem compactadas e informações temáticas georeferenciadas, dados estatísticos do desmatamento e seu avanço e os polígonos de desmatamento. A base dessas informações envolve imagens de satélite, atualizadas regularmente, resultando em identificação de áreas mínimas de 900 metros quadrados. Com tamanho grau de detalhamento, torna-se possível identificar pequenos desmatamentos no interior de terras indígenas ou de áreas especiais (envolvendo as Unidades de Conservação, que são áreas como as Florestas e Parques Nacionais) e, assim, adotar ações preventivas contra o desmatamento.
Os dados do ProAe divulgados hoje incluem análises das áreas dos Estados do Acre, Rondônia e Mato Grosso até 2006, que estão sob região de atuação do CTO do Sipam em Porto Velho. "Até o primeiro semestre de 2008 teremos resultados uniformizados da Amazônia inteira", garantiu o Diretor-Geral do Censipam. Para isso, os técnicos dos CTOs do Censipam em Belém e em Manaus estão sob treinamento, de forma que haja monitoramento das terras indígenas e áreas especiais de todos os nove Estados da Amazônia Legal até o próximo ano.
A meta, sempre, é garantir acesso rápido e facilitado às informações sobre o estado de preservação das áreas especiais da Amazônia, envolvendo o maior número possível de agentes da sociedade na defesa da região.
Centro Técnico e Operacional do Sipam em Porto Velho (CTO/PV)
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Fone (69)3217-6202
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Rondonoticias, 19/10/2007)