O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (PMDB-RO), protestou nesta sexta-feira (19/10), em Plenário, contra as notícias de que não haveria gás natural suficiente para abastecer os gasodutos Coari-Manaus e Urucu-Porto Velho. Como o primeiro já teve suas obras iniciadas, o outro - destinado a abastecer Rondônia e Acre - teria de esperar.

- O Gasoduto Urucu-Porto Velho está com a licença ambiental liberada, após um processo que levou quatro anos, e agora as autoridades federais do Ministério de Minas e Energia, da Petrobras e da Eletrobrás dizem que não há gás suficiente na bacia de Urucu para abastecer as térmicas de Manaus e Porto Velho - afirmou Raupp.

O senador lembrou que o povo de Rondônia já espera, há anos, por essa obra, que representará grande economia para as usinas termelétricas do estado, que passariam a queimar gás natural em vez de óleo diesel. Raupp disse ainda que a licença ambiental já foi concedida para a obra do gasoduto e acredita que há gás suficiente na Bacia Petrolífera de Urucu para abastecer as duas capitais.

Raupp leu um manifesto do Comitê de Defesa do Gasoduto Urucu/Porto Velho, formado por representantes da sociedade civil de Rondônia, contra a chamada "escassez de gás natural" da Bacia Petrolífera de Urucu (AM). O documento diz que a capacidade da bacia é de quase 10 milhões de metros cúbicos por dia, enquanto que a necessidade do gasoduto é de apenas 2,3 milhões de metros cúbicos por dia, que serão suficientes para abastecer os estados de Rondônia e Acre.

O parlamentar ainda enalteceu as muitas vantagens da utilização do gás natural. Disse que se trata de um combustível limpo, que não polui e quase não deixa resíduos, o que reduz custos de manutenção nas turbinas. Afirmou também que haverá dois mil empregos diretos com o empreendimento. Além disso, trocando o óleo combustível pelo gás natural, lembrou Raupp, o Brasil economizará US$ 500 milhões por ano.

Destacou, ainda, ao citar dados, que não falta gás, não falta licença ambiental, o que falta é vontade política do governo federal de construir o gasoduto Urucu/Porto Velho.

Raupp afirmou que, em recente visita à Bacia Petrolífera de Urucu, pôde constatar que há abundância de gás para o empreendimento. Lembrou que por causa de o gasoduto Coari/Manaus ainda estar em construção, parte do gás está sendo injetado de volta no solo ou queimado.

(Por Laura Fonseca, Agência Senado, 19/10/2007)