Tipode trabalho: Tese de Doutorado
Instituição: Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp/SP)
Ano: 2007
Autor: Carlos Henrique Jardim
Resumo:
As modificações impostas pelas cidades ao comportamento dos elementos climáticos são insuficientes para a definição de um clima urbano. Mesmo num espaço relativamente pequeno, deve-se levar em consideração a influência de uma série de outros fenômenos climáticos, cuja gênese remonta a participação de fatores alheios à própria organização urbana. Com a finalidade de demonstrar isso, tendo como área de estudo a bacia hidrográfica do Rio Aricanduva na zona leste do município de São Paulo (SP), procurou-se avaliar a influência dos fatores geográficos de superfície no comportamento da temperatura e umidade relativa do ar em áreas urbanas, considerando como pressuposto a relação entre a sucessão dos tipos de tempo e as mudanças na configuração espacial desses elementos. Essas mudanças foram interpretadas , em seguida, como indicadoras do caráter “sistêmico” do clima. Os dados utilizados foram resgatados de trabalhos anteriores, além daqueles produzidos durante o desenvolvimento desta pesquisa entre 2004 e 2006. A análise envolveu o cruzamento dos dados mensurados com as características físicas do ambiente de coleta e do tipo de tempo no dia. Os resultados foram traduzidos numa série de cartas, com o propósito apresentar o fato geográfico-climatológico dentro da sua real dimensão de tempo e escala.