Santa Cruz do Sul - Durante a última Oktoberfest o público que gastou energia nos lonões, bailes, shows e mesmo circulando pelo parque consumiu 188 toneladas de alimentos. Boa parte dos quitutes utilizados para repor as calorias tinha entre os ingrendientes o óleo de cozinha, usado na fritura. Neste ano, o azeite, que normalmente ia pelo ralo dos estabelecimentos gastronômicos, passou a ser recolhido e agora deve virar sabão. Tudo para contribuir com a preservação do ambiente.
De acordo com o secretário de Transportes e Serviços Públicos, Mattheus Swarowsky, durante o evento foram recolhidos 740 litros de óleo de cozinha, material encaminhado para a usina de lixo no Bairro Dona Carlota e armazenado em um recepiente especial. “A quantidade poderia ser superior. Muitas pessoas que trabalharam para a festa levaram recipientes de óleo para casa, até mesmo para fazer sabão”, comenta. Agora o azeite recolhido deve ser enviado a entidades da cidade e empresas. “Esse repasse vai ser gratuito. Alguns órgãos de Santa Cruz manifestaram interesse, assim como uma empresa de Guaíba que é autorizada a fazer sabão com óleo de cozinha”, explica.
Segundo o secretário, que também foi responsável pelo setor de infra-estrutura da Oktoberfest, a intenção é trabalhar pela preservação da natureza. Quando o azeite usado é jogado na rede de esgoto pode entupir a tubulação e causar mau funcionamento das estações de tratamento. Já para retirar o óleo e desobstruir as redes são empregados produtos químicos muito tóxicos. Isso tudo causa danos irreparáveis ao ambiente e graves problemas de higiene e mau cheiro.
CuriosidadeAs primeiras evidências de um material parecido com sabão são datadas de 2800 A.C. e foram encontradas em cilindros de barro durante escavações da antiga Babilônia, onde as inscrições revelam que os habitantes ferviam gordura juntamente com cinzas.
Segundo uma antiga lenda romana a palavra saponificação tem origem no Monte Sapo, onde eram realizados sacrifícios de animais. A chuva levava uma mistura de sebo animal – gordura – derretido, com cinzas e barro, para as margens do Rio Tibre.
Essa mistura resultava numa borra, e as mulheres da época descobriram que ao utilizá-la suas roupas ficavam muito mais limpas. A esse material os romanos deram o nome de sabão. A primeira patente do processo de fabricação de sabão data de 1791.
Fonte: www.valeverde.org.br(
Gazeta do Sul,18/10/2007)