A delegada Julia Vergara, responsável pelo inquérito da Operação Moeda Verde, afirmou ontem que, além das 22 pessoas confirmadas inicialmente, pelo menos mais 20 foram indiciadas no caso. As acusações vão desde formação de quadrilha até corrupção ativa, passando por falsidade ideológica, tráfico de influência, advocacia administrativa e crimes ambientais.
Alegando segredo processual, Julia não informou os nomes dos incriminados nem quais acusações recaem sobre cada um deles.
Também evitou revelar o número preciso de indiciados, fora os 22 suspeitos que tiveram prisão temporária decretada pela Justiça Federal no dia 3 de maio, limitando-se a dizer apenas que são "mais de 20 pessoas".
Questionada se havia detentores de foro privilegiado entre o grupo, Vergara absteve-se de responder.
Ao longo de quase uma hora de entrevista concedida, a delegada, que entrou de férias ontem, evitou entrar em detalhes sobre o inquérito, fazendo apenas observações genéricas em razão do segredo decretado pela Justiça Federal.
Antes de começar a responder perguntas, ela leu um documento com 13 tópicos (veja reprodução ao lado). No texto, rebateu as suspeitas lançadas pelo procurador João Marques Brandão Néto, um dos membros da força-tarefa montada pelo Ministério Público Federal (MPF) para acompanhar o caso.
Brandão afirmou que a Polícia Federal (PF) teria omitido dos procuradores um suposto vazamento de informações ocorrido em novembro. Por causa disso, a força-tarefa requisitou abertura de inquérito policial apara averiguar a conduta de Vergara e sua equipe.
(Por João Cavallazzi,
Diário Catarinense, 19/10/2007)