As pequenas e médias empresas da América do Norte aumentaram de forma substancial suas emissões poluentes, enquanto as grandes passaram a poluir 15% menos de 1998 a 2004, revelou um estudo divulgado nesta quinta-feira. O relatório da Comissão de Cooperação Meio Ambiental (CCM) do Tratado do Livre-Comércio da América do Norte (Nafta) considera "promissor" o fato de que "o grupo dos maiores emissores mostra uma queda nas emissões e transferências".
Apesar disso é "preocupante" que as outras empresas não sigam o mesmo caminho. - Para haver progresso na redução de poluição, todos os grupos deveriam mostrar reduções -, disse o relatório. O diretor-executivo da comissão, Adrián Vázquez-Gálvez, disse que "muitas indústrias pequenas e médias precisam fazer mais para reduzir seus resíduos e emissões".
Em declarações à Efe, ele destacou que o relatório, o 11º da CCM, é o primeiro incluindo dados do México. O país terá que fornecer informações a partir de agora. O relatório se baseia em dados de nove setores industriais, 56 substâncias químicas e mais de 10 mil fábricas. Ele compara as emissões e transferências no Canadá, Estados Unidos e México. Os resultados mostram que as empresas emitiram e transferiram 3,12 milhões de toneladas de poluentes em 2004.
A metade das emissões teve como destino o ar: foram 40% no Canadá e 51% nos Estados Unidos. As empresas produtoras de eletricidade foram as que mais poluíram a atmosfera, principalmente com ácido clorídrico. A província de Ontário, no Canadá, e o estado do Texas, nos EUA, são os maiores poluentes na região. Váquez-Gálvez disse que a principal motivação das grandes indústrias para reduzir suas emissões poluentes é uma questão de forças do mercado.
- Num ambiente de competitividade global, as empresas precisam ser mais competitivas em geral e a poluição está relacionada com eficiência. Se uma indústria é mais eficiente no uso da energia e no consumo de materiais, será mais lucrativa. O consumo de certos produtos químicos tóxicos está começando a ser realmente caro - explicou.
(
Agência EFE, 18/10/2007)