A Subcomissão Permanente dos Biocombustíveis realizou uma audiência pública no Senado, nesta quinta-feira, dia 18, a fim de debater políticas públicas para o etanol. Antônio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), afirmou que o governo precisa de uma "definição clara da participação do álcool [em termos de percentagem] na matriz energética brasileira, para que não haja um desastre nesse mercado".
Para ele, a definição tem de ser dada e não será o mercado quem fará isso. Rodrigues também disse que, atualmente, a "velocidade da oferta de etanol é maior do que a projeção da demanda, o que poderá levar a um ciclo não virtuoso de queda de remuneração e desaceleração de investimentos".
- Vivemos uma euforia de expansão sem que haja um mercado estruturado - frisou ele.
Durante a audiência, os senadores Marisa Serrano (PSDB) e Valter Pereira (PMDB), ambos de Mato Grosso do Sul, estado que vem expandindo sua produção alcooleira, também manifestaram preocupação com um eventual excesso na oferta de etanol.
A solução para esse problema, de acordo com Rodrigues, está na ampliação do mercado e na otimização da infra-estrutura - o que se viabilizaria por meio da participação do governo federal.
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Agência JB, 18/102007)