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etanol
2007-10-19

A produção do etanol a partir da hidrólise da biomassa da cana-de-açúcar pode triplicar a quantidade de combustível produzido em relação à área plantada no Brasil. A informação foi dada por participantes de audiência pública sobre o assunto, promovida na manhã de hoje pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. A hidrólise da celulose é o processo que permite a produção de etanol a partir da biomassa, isto é, do bagaço e da palha da cana. A celulose está nesses dois componentes, que são descartados na colheita.

O pesquisador Carlos Eduardo Vaz Rossel, do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (Nipe) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), afirmou que o processo é complexo, exige maior uso de água e amplia a quantidade de vinhaça (ou vinhoto), um resíduo poluente. Por esse motivo, Rossel ressaltou que a produção precisa ser sustentável e envolver o reaproveitamento dos resíduos. Segundo ele, a principal vantagem do Brasil no aproveitamento da biomassa da cana é que a matéria-prima está disponível com custo menor do que nos outros países.

Viabilidade econômica

O pesquisador informou que uma tonelada de bagaço de cana pode produzir até 186 litros de etanol, sendo que uma produção de 100 litros, em sua opinião, já tornaria essa tecnologia economicamente viável. Para ele, a principal vantagem da hidrólise da celulose é permitir o aproveitamento integral da biomassa da cana.

Já o assessor da Vice-Presidência de Tecnologia e Desenvolvimento da Dedini Indústrias de Base, Vadson Bastos do Carmo, avalia que ainda não há viabilidade econômica para o processo de hidrólise da celulose. Ele informou que a empresa, porém, já tem uma planta-piloto que utiliza essa tecnologia, sediada em Pirassununga (SP), com uma produção de 5 mil litros de etanol por dia.

Incentivos fiscais

O deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), autor do requerimento para realização do debate, afirmou que o mundo está à beira de uma revolução energética ambiental. Segundo ele, o país que assegurar o direito à propriedade intelectual e industrial dos processos de produção do etanol por meio da celulose ou de resíduos terá grande vantagem comparativa no mercado internacional.

O parlamentar ressaltou que, além de incentivos fiscais para a realização de pesquisa pelas empresas, o governo precisa garantir investimentos para formação de pesquisadores e desenvolvimento de tecnologias nacionais. "Se conseguirmos mais dotações orçamentárias para a ciência e tecnologia, teremos auxiliado no desenvolvimento da produção do etanol, estratégica mundialmente", afirmou.

Mendes Thame concordou com a coordenadora científica da Rede Bioetanol da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia, Elba Pinto da Silva Bom. Para ela, o governo precisa ampliar os investimentos em pesquisa na área de produção do etanol a partir da biomassa, antes que outros países detenham a tecnologia.

Desafios

O coordenador de Pesquisa Tecnológica do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), Suleiman José Hassuani, afirmou que a indústria tem diversos desafios para produzir etanol por meio da hidrólise da biomassa. Entre eles, estão o preparo da matéria-prima, a produção de enzimas de alta eficiência, a produção de leveduras para fermentação, a adaptação das usinas aos novos processos, os aspectos econômicos e a sustentabilidade das atividades.

(Por Cristiane Bernardes, Agência Câmara, 18/10/2007)


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