(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
agricultura intensiva
2007-10-19

O sistema de cultivo pré-germinado é utilizado em quase todas as regiões produtoras de arroz do Estado e apresenta uma série de vantagens para os arrozeiros, que vão desde o controle de plantas daninhas até a semeadura na época adequada em condições climáticas desfavoráveis. Quem explica é a agrônoma do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Vera Macedo, alertando, também, para os cuidados que devem ser tomados nesse sistema de cultivo, que representa 10% da área plantada no RS.

Após o preparo do solo e a semeadura do arroz pré-germinado, alguns produtores costumam drenar a lavoura para facilitar a fixação das plântulas. Essas drenagens causam perdas significativas de partículas de solo e nutrientes. “Se o orizicultor drenar a lavoura, além dessas perdas, ele usará um volume alto de água e consumirá mais energia”, afirmou Vera. A drenagem pode causar também danos ambientais. “O Irga monitora a turbidez da água em Camaquã, nas Bacias dos Sinos e Gravataí e em Paraíso do Sul, na Depressão Central gaúcha”, explicou.

A preocupação é quanto à retirada da água da lavoura, que pode contaminar os mananciais hídricos. Todo o trabalho realizado pelo Irga é de conscientização. O instituto orienta os produtores sobre a manutenção da lâmina de água durante todo o processo, o que reduz os riscos ambientais e os gastos. Conforme pesquisas realizadas pelo Irga, a produtividade da cultura não é afetada com a manutenção da lâmina de água permanente na lavoura desde o preparo do solo. Para isso, a lâmina deve ser baixa e o mais uniforme possível.

O município de Agudo, na Depressão Central, é um dos exemplos do bom manejo desse sistema. Lá, os produtores semeavam o arroz e retiravam a água cerca de três dias após o plantio. O agrônomo do Irga Clairton Petry explica que o que antes era um mito virou regra nas lavouras do município. “A maior parte dos produtores do pré-germinado já não retiram mais a água da lavoura”, disse Petry. Os seguidos encontros, até mesmo informais, motivaram a mudança gradual, mas fiel dos produtores de Agudo.
Na Planície Costeira Interna, o Irga mantém um projeto para manutenção da água na lavoura. De acordo com o agrônomo Carlos Nassif, do Irga de Guaíba, foram implantadas 11 unidades demonstrativas onde os produtores não retiraram a água da área plantada e apenas repuseram quando faltava o recurso. “A medida evita perdas de solo e nutrientes e o despejo de resíduos que foram aplicados na lavoura aos mananciais”, enfatizou Nassif.

Ainda nesta região, outros projetos estão em andamento visando a sustentabilidade ambiental da lavoura e orientações sobre a legislação ambiental. Em Camaquã, um convênio do Irga com a Associação dos Usuários do Arroio Duro (AUD) permite o monitoramento da qualidade da água na lavoura. Nesta região, que abrange também Guaíba, Tapes, São Lourenço do Sul e General Câmara, cerca de 45 mil hectares são plantados com o sistema pré-germinado, o que representa 33% da área semeada da Planície Costeira Interna.

Vantagens
As vantagens do sistema pré-germinado são muitas. Além de poder ser semeado com chuvas e condições climáticas adversas, o sistema permite a semeadura na época correta, recomendada pelo Irga até a primeira quinzena de novembro. Mas o principal benefício é o controle do arroz vermelho, maior praga da lavoura orizícola gaúcha. “A lâmina da água dificulta a emergência das plantas daninhas”, salientou Vera Macedo. Os produtores podem, ainda, aproveitar a água das chuvas da primavera para inundar as áreas.

(Ascom Governo do Estado do RS, 18/10/2007)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -