A Comissão Especial do Lixo, presidida pelo deputado Kalil Sehbe (PDT), realizou na manhã desta quinta-feira (18/10) a sua 2ª audiência pública. Na oportunidade, foram ouvidos os relatos de pesquisas e experimentos realizados pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
Sehbe ressaltou a importância da comissão para que ao final seja feito um relatório amplo a ser oferecido a toda a sociedade gaúcha sobre a questão do lixo. Sehbe ressaltou o número crescente de entidades e empresas que possuem departamentos específicos para tratar das questões ambientais.
A assessora do Instituto do Meio Ambiente da PUC-RS, Monique Revillion Dinato, apresentou o programa desenvolvido naquela instituição para tratar do lixo. Dinato mostrou que a partir de 1999, a PUC-RS implantou o RECIPUC, visando a gestão de resíduos sólidos gerados na própria universidade. O referido programa está fundado em quatro princípios: redução de consumo de matérias-primas; reutilização sempre que possível dos materiais; reciclar e repensar hábitos e costumes com relação ao consumo.
O programa abrange a comunidade acadêmica do complexo PUC-RS, composta por 30 mil pessoas. Dinato revelou que através do programa todo resíduo produzido pela instituição tem destinação correta.
A professora da Faculdade de Engenharia Ambiental da Ulbra, Flávia Burmeister Martins, apresentou os trabalhos de pesquisa que estão em desenvolvimento na instituição. No caso das pesquisas e novas tecnologias para resíduos sólidos, a Ulbra firmou parcerias com as universidades de Braunshweig (Alemanha) e de Queensland (Austrália).
A Universidade Luterana desenvolve atualmente pesquisa no campo das tecnologias alternativas aplicadas ao gerenciamento de resíduos sólidos. Estas tecnologias incluem processos de tratamento de resíduos de compostagem, estudos de sistemas de cobertura de aterros sanitários e técnicas de remoção de metais de substratos e efluentes.
"Ainda estamos muito longe do ideal em termos de gerenciamento de resíduo, pois ainda encaramos isto como coisa secundária e o poder público no Brasil ainda não está preparado para isso", alertou Flávia.
(Por Luiz Osellame, Agência de Notícias AL-RS, 18/10/2007)