Circulação de trens na Estrada de Ferro Carajás estava interrompida no início da tarde. Manifestantes, ligados a movimentos como o MST, criticam a forma com que é feita a exploração mineral da região, que consideram predatória.SÃO PAULO - Na manhã de quarta-feira (17/10), militantes do MST, de organizações de garimpeiros, de pequenos produtores rurais e de movimentos de juventude urbana do Pará ocuparam parte do eixo ferroviário que corta o Projeto de Assentamento Palmares II (município de Parauapebas), cuja concessão de uso é da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). Com isso, a circulação de trens na Estrada de Ferro Carajás estava interrompida no início da tarde.
Os manifestantes criticam a forma com que é feita a exploração mineral da região, que consideram predatória, e acusam a Vale de não abrir discussões sobre o assunto. O ato faz parte da jornada de lutas pela Reforma Agrária e em defesa dos recursos naturais do povo brasileiro, que acontece desde segunda (15/10).
"A paralisação das atividades de tráfego de minério da CVRD é a forma de responsabilizar o governo Federal, o governo Estadual e a própria CVRD pela incapacidade de resolver o grave problema agrário, mineral e ambiental que em vivem os trabalhadores do campo e das cidades", afirma Charles Trocate, integrante do MST no Estado.
Os participantes da Jornada pretendem apresentar uma pauta de reivindicações aos ministérios do Desenvolvimento Agrário, de Minas e Energia (MME) e da Educação, e também ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), ao governo do Pará e à CVRD.
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Agencia Carta Maior, 17/10/2007)