Com a chegada do calor, aumentam os alertas para os cuidados com os focos do mosquito Aedes aegypti, causador da dengue. Em Rio Grande, a Unidade de Zoonoses e Vetores, responsável pelo controle dos focos, vem atuando durante todo o ano no programa“Vigilância do Mosquito Aedes aegypti”.

De acordo com a médica veterinária e diretora da unidade, Elisabeth Valentim Estima, no primeiro semestre de 2007, foram registradas oito suspeitas da doença no Município. Em dois dos casos, foi confirmada a dengue, no entanto, as pessoas haviam contraído fora do Município. As outras seis notificações não foram confirmadas. Ainda no primeiro semestre, foram encontrados no cidade três focos do mosquito. Um deles no bairro Cidade Nova, outros na região do Aeroporto e o último na região do Distrito Industrial. Elisabeth afirma que todos eles foram controlados, e até então não há riscos. Segundo ela, nesse segundo semestre, ainda não houve notificação de casos ou focos no Município.

O programa “Vigilância do Mosquito Aedes aegypti” desenvolvido durante todo o ano, segue as normas técnicas do Ministério da Saúde. “O programa tem como objetivo detectar precocemente a entrada do mosquito, para que possamos controlar rapidamente. Devido a isso, desenvolvemos um trabalho permanente”, afirma. Elisabeth explica que o trabalho é realizado de duas maneiras: através das armadilhas, onde a própria unidade coloca pneus com água em locais de possível entrada do mosquito, e através dos agentes realiza visita periodicamente. E por meio da vistoria em pontos estratégicos, onde haja presença de água acumulada. “Atualmente temos 250 pontos cadastrados, os quais visitamos de 15 em 15 dias”, diz. Elisabeth esclarece ainda que visitas domiciliares só ocorrem se houver notificação da dengue no local, ou ainda se for encontrado foco em determinada região.

O trabalho da unidade deve continuar o mesmo com a chegada do calor, no entanto, deve aumentar o número de agentes para o programa. “Temos um trabalho que vamos continuar, só pedimos que as pessoas tenham uma atenção redobrada em suas casas”, ressalta. A unidade recebeu no início de outubro a bióloga Ana Luiza Velloso, que deve aprimorar o trabalho de prevenção da doença e controle do mosquito.

(Por Melina Brum Cezar, Jornal Agora, 18/10/2007)