O Comando Ambiental da Brigada Militar (BM) não será extinto. A informação é do comandante-geral da BM, coronel Nilson Nobre Bueno, que ontem participou de uma audiência pública que debateu o tema na Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa. Segundo Bueno, a corporação nunca discutiu a possibilidade de terminar com o comando no Estado. "Em nenhum momento declarei à sociedade que o comando seria extinto, fiquei sabendo disso através da imprensa", destacou.
De acordo com o coronel, o objetivo atual é a reestruturação da área ambiental da BM, ou seja, fortalecer a parte operacional e reduzir a parte administrativa. "Nosso objetivo é ter gente nas ruas e enxugar a parte burocrática dentro dos quartéis". Bueno informou que em torno de 1,5 mil policiais estão sendo retirados dos gabinetes e colocados no policiamento ostensivo do Estado.
A audiência foi requerida pela ONG Amigos da Terra e pelo secretário do meio ambiente de Porto Alegre, Beto Moesch. O comandante da BM criticou os ambientalistas ao afirmar que em nenhum momento foi procurado pelos representantes das ONGs que tratam da questão ambiental no Estado. "É ruim este tipo de informação porque prejudica o nosso trabalho", comentou.
O presidente da comissão, deputado Alberto Oliveira (PMDB), ressaltou a importância dos esclarecimentos do comandante, que na sua opinião tranqüilizam a população e os ambientalistas sobre a questão.
Os deputados Fabiano Pereira e Daniel Bordignon, ambos do PT, fizeram questionamentos sobre a crise enfrentada pela BM com a falta de efetivo. Segundo Pereira, em 1997 a corporação possuía 33 mil homens e hoje, dez anos depois, conta com um quadro de 19,5 mil servidores. "Fica difícil fazer segurança com este déficit na corporação", destacou.
(
JC-RS,
Correio do Povo, 18/10/2007)