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transgênicos
2007-10-18
A AJURIS promoveu na manhã desta terça-feira (16/10) uma mesa redonda para discutir produtos transgênicos e bioética. Participaram o agrônomo do Ministério da Agricultura Leonardo Melgarejo; o agrônomo e representante da Agapan Sebastião Pinheiro; a  professora do Departamento de Genética da UFRGS Maria Helena Zanettini e o agrônomo e produtor rural de Tupanciretã Almir Rebello. A mediação foi do jornalista Juarez Tosi, editor da EcoAgência Solidária de Notícias Ambientais. O material será editado no próximo número da revista Dossiê AJURIS.

O transgênico veio para ficar? Sobre este ponto de vista todos concordam que sim, o transgênico daqui para frente é uma realidade cada vez mais próxima da mesa dos brasileiros. A discordância recai justamente sobre os aspectos positivos e negativos da alteração genética produzida em laboratório e deixada em espaço aberto.

Para a geneticista Maria Helena Zanettini, a transgenia feita de forma segura não oferece maiores riscos aos seres humanos ou ao ambiente como defendem alguns ambientalistas. Ela apresentou dados de que 90% dos produtos vendidos nos supermercados têm algum componente geneticamente modificado. “É uma técnica de imenso potencial que nós temos que compreender”, diz. Maria Helena criticou a forma como se associa a transgenia a Monsanto e alegou que se o Brasil não quiser ficar dependendo da multinacional terá que investir mais em pesquisas.

As suas observações foram rebatidas pelo agrônomo Leonardo Melgarejo, para quem dizer que os transgênicos vão acabar com a fome do mundo é um marketing equivocado. Ele questionou se a cientista gostaria de comparar os riscos em se criar uma bactéria em laboratório, que vai deixar o local de experimento num vidro e em forma de remédio, com o risco de se colocar uma semente geneticamente modificada em 270 milhões de hectares ao ar livre, que é o que representa a área de plantio de soja no país.

O agrônomo e  produtor Almir Rebello diz que existe uma ideologia contrária ao transgênico no Brasil, mas garantiu que os produtores optaram pela semente modificada porque viram nela resultados que a convencional não oferece. Segundo ele, o plantio de soja com semente modificada aumenta a produtividade e reduz custos com o uso de inseticidas, além de diminuir também a quantidade de uso do produto, o que já ofereceria menos riscos ao consumidor e ao meio ambiente. Segundo Rebello, isso explica porque em 4 milhões de hectares de soja, 99% são trangênicos. Ele defendeu a aprovação de leis brasileiras que regulamentem o uso de transgênicos e criem condições para a pesquisa no setor. “Nós acreditamos na ciência brasileira. Se um cientista pesquisar e nos disser que é seguro, nós vamos plantar”, argumentou.

O agrônomo Sebastião Pinheiro fez duras críticas ao fato de que a modificação genética nas plantas acaba tornando mais resistente seus predadores e, isso, com o tempo, obrigaria ao uso de uma quantidade maior de inseticidas para combater as pragas. “Nós criamos a resistência ao modificarmos a natureza”, advertiu.

(Texto da Assessoria de Comunicação Social da Ajuris / Eco Agência, 17/10/2007)


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