A expansão da oferta mundial de celulose de eucalipto e a competitividade deste produto frente à celulose de fibra longa levará o insumo que é destaque no mercado brasileiro a ampliar sua participação na China. O diretor de Finanças da Votorantim Celulose e Papel (VCP), Valdir Roque, afirmou ontem (17/10) que a participação da celulose de fibra curta no crescente mercado da China deverá chegar a 50% dentro de cinco anos. Atualmente, a participação da celulose de eucalipto é de aproximadamente 45%.
Para reverter este cenário, as indústrias brasileiras promovem uma série de encontros na China a fim de apresentar as vantagens do uso da celulose de fibra curta, com destaque ao eucalipto brasileiro, considerado o insumo mais competitivo do mundo. "A fibra curta está sendo cada vez mais implantada na China, onde é crescente a instalação de máquinas de papéis couché, branco e tissue", destaca Roque.
De acordo com o executivo, o mercado chinês instala, anualmente, de seis a sete grandes máquinas de papel, o que garante um crescimento consistente da demanda local por celulose na casa dos dois dígitos. Segundo dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), a região que inclui Ásia e Oceania respondeu por 29,6% das exportações brasileiras em 2006, perdendo apenas para o mercado europeu, que demandou 48,8% das 6,1 milhões de toneladas exportadas pelo Brasil no ano passado.
(Por André Magnabosco,
InvestNews, 17/10/2007)