A Coordenadoria de Petróleo e Gás do Ibama, no Rio, liberou ontem a autorização para que seja concedida a licença de operação da Plataforma de Rebombeio Autônomo 1 (PRA-1), da Petrobras, unidade imprescindível para que as plataformas P-52 e P-54 possam começar a produzir. A plataforma, apesar de já instalada na Bacia de Campos, estava impedida de iniciar suas operações porque a petroleira ainda precisava cumprir alguns ajustes no processo de licenciamento. Agora, segundo o coordenador da área de Produção do Ibama, Guilherme Carvalho, falta apenas a parte burocrática para que a unidade seja liberada. "É uma questão de dias", disse.
A PRA-1 vai escoar a produção das plataformas P-51, P-52, P-53, P-54 P-55 e RO-4 para os terminais costeiros que se interligarão à malha existente de dutos de transporte até as refinarias. Com o início dos testes finais para a instalação da P-52 e P-54, destinadas ao campo de Roncador, temia-se que as duas unidades tivessem que ficar aguardando, respectivamente, nas baías de Angra dos Reis e da Guanabara, onde hoje se encontram, até que o Ibama liberasse a licença. Isso poderia atrasar ainda mais as metas de produção da estatal para este ano.
A plataforma P-52 terá capacidade para produzir 180 mil barris por dia de óleo e comprimir 9,3 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. A unidade será interligada a 29 poços, sendo 19 produtores e 10 injetores. O FPSO P-54 terá capacidade para produzir 180 mil barris por dia de óleo e 6 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural e será interligado a 21 poços, sendo 13 produtores e oito injetores.
Juntamente com o FPSO arrendado para o módulo 2 do campo de Golfinho, que vai produzir 100 mil barris por dia, as plataformas serão essenciais para que a Petrobras atinja ao pico de produção de 2 milhões de barris de petróleo até o dia 31 de dezembro.
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Agência Estado, 17/10/2007)