A Votorantim Celulose e Papel (VCP) encerrou o terceiro trimestre do ano com lucro líquido de R$278 milhões. O resultado é 121% superior aos R$ 126 milhões obtidos em igual período de 2006, e supera em 34% o ganho obtido no segundo trimestre.
De acordo com a companhia, os resultados foram beneficiados pelo lado financeiro, com a apreciação do real aliviando o endividamento. A receita financeira do trimestre somou R$ 91 milhões.
No período de julho a setembro, a receita líquida da VCP somou R$ 634 milhões, com queda de 7% no comparativo anual. A geração de caixa medida pelo Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) caiu 28%, para R$ 201 milhões. O resultado já inclui 50% do Conpacel (ex-unidade da Ripasa).
O volume total de vendas de celulose e de papel atingiu 390 mil toneladas no terceiro trimestre, registrando aumento de 4% em relação ao mesmo período do ano passado.
O preço médio ficou 11% inferior no comparativo anual por conta da queda do câmbio médio (-12%) no período, afetando as exportações e a receita líquida. O segmento de papel respondeu por 51% da receita total, e a celulose pelos 49% restantes.
O volume de vendas de celulose somou 270 mil toneladas no período, gerando receita de R$ 311 milhões, com manutenção do preço médio em reais emrelação ao segundo trimestre. Segundo a companhia, essa estabilidade nos preços médios em reais reflete o aumento de 3% no preço em dólares da celulose, parcialmente compensado pela queda de 3% na taxa média de câmbio.
No mercado interno, o volume de venda de celulose cresceu 117% no comparativo anual. Tal crescimento decorre das toneladas adicionais do Conpacel, que foram direcionadas para clientes locais, além do primeiro mês de fornecimento para a joint venture que a empresa tem com a Ahlstrom.
No mercado externo, houve um crescimento de 9% no volume vendido, com preço em reais 4% inferior, primordialmente em função da apreciação do real na comparação anual (-12%).
No segmento de papel, o volume total de vendas no período foi de 121 mil toneladas, 7% superior em relação ao segundo trimestre, crescimento explicado pelo maior aquecimento da economia por conta dos segmentos promocional, editorial e de caderneiros.
Em relação ao mesmo período do ano anterior, o volume foi 21% inferior. Esta queda é explicada pela saída total dos volumes da unidade de Luiz Antonio, transferida para a International Paper em fevereiro, dos volumes da unidade de Mogi das Cruzes, vendida em maio, e da transferência dos volumes de Jacareí para a joint venture com a Ahlstrom, concluída em setembro.
No mercado interno, o volume de venda de papel caiu 12% no comparativo anual. O preço médio recuou3%, reflexo da pressão dos importados.
No mercado externo, o volume de vendas caiu 50%, reflexo do foco da companhia em atender o mercado local e da menor disponibilidade de volume, com a transferência da unidade de Luiz Antonio.
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Valor Online, 17/10/2007)