O Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu, em seu "Panorama Econômico Mundial", divulgado nesta quarta-feira, que Estados Unidos e União Européia (UE) reduzam suas barreiras às importações de biocombustíveis de países em desenvolvimento, como o Brasil. Isso, segundo o FMI, impediria uma alta nos preços de alimentos provocada pelo uso de grãos na produção de combustíveis.
Para o organismo, os EUA e os membros da UE deveriam facilitar a entrada de bicombustíveis oriundos de países "onde a produção é mais barata, mais eficiente e menos prejudicial ao meio ambiente"'.
O FMI ressaltou que só a produção do etanol brasileiro, a partir da cana-de-açúcar, é mais barata que a gasolina e seu equivalente à base de milho, feito nos EUA. O Fundo acrescentou que a produção de etanol significaria novas fontes de emprego e renda para países pobres na América Latina e Ásia. Já nos países ricos, disse o organismo, essa produção depende de subsídios aos agricultores.
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O Globo, 17/10/2007)