Na manhã desta quarta-feira (17/10), integrantes da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa gaúcha discutiram a possível extinção do Comando Ambiental da Brigada Militar (BM). Para o deputado Daniel Bordignon (PT), a defesa do meio ambiente não pode ser deixada em segundo plano. "A sociedade está chegando ao consenso de que devemos tomar providências urgentes para preservação dos recursos naturais". Além disso, o petista salientou que a BM só tomou posição em relação ao assunto, devido à forte cobrança do Parlamento gaúcho, por meio desta comissão.
No encontro, o comandante -geral da Brigada Militar, coronel Nilson Nobre Bueno, esclareceu a situação aos parlamentares presentes, e garantiu que o comando, que atualmente conta com dois batalhões de 200 policiais, não será extinto.
Declarou, ainda, que o objetivo da BM é reestruturar a instituição, buscando melhorias no policiamento ostensivo e um "enxugamento" no setor administrativo. "A intenção é colocar mais gente na rua e reduzir o pessoal dentro dos quartéis", reiterou.
A declaração da manutenção do Comando Ambiental, dada pelo coronel Bueno, encontra consonância em pesquisa realizada à pedido do Ministério Público, entre promotores. Para 89% dos entrevistados, a extinção do Comando Ambiental poderá criar prejuízos à proteção do ambiente. Quando questionados sobre a continuidade dos repasses de recursos provenientes das assinaturas de TAC Ambientais, 67% se mostraram contrários; 61% dos promotores responderam positivamente em relação à possibilidade de adotar medidas judiciais para reverter as doações feitas ao Comando Ambiental, caso haja extinção.
(Por Marcela Santos, Agência de Notícias AL-RS, 17/10/2007)