Marchas saídas de diferentes pontos do Uruguai farão parte da jornada de luta iniciada ontem (17/10) por dezenas de organizações sociais e sindicais do país. Na plataforma de luta estão pontos como a defesa da água, da terra e das empresas públicas uruguaias. Os manifestantes se encontrarão no dia 23 de outubro, em frente ao Ministério da Economia da cidade de Montevidéu, onde está sendo preparado um grande ato de encerramento.
De acordo com os manifestantes, a plataforma de lutas não tem um caráter apenas temporário. Ela fará parte dos pontos centrais do programa que deve ser construído no próximo Congresso do Povo, previsto para acontecer em 2008.
A plataforma defendida pelos participantes das marchas abrange pontos como a posse de terras, a implantação de uma política de renacionalização de empresas públicas, a defesa do caráter nacional da água, o desenvolvimento de um grande plano nacional de moradia e o fim das privatizações e terceirizações.
A idéia da jornada é que se acabe com a fragmentação das lutas isoladas de diversas organizações que defendem, nas suas localidades, interesses comuns a todos os movimentos presentes nas marchas. "Acreditamos em um país produtivo, assim como na possibilidade de uma integração regional produtiva. Fazem-se cada vez mais necessárias as nossas bandeiras e a irmandade entre os movimentos que legitimamente têm lutado em defesa destes princípios", dizem as organizações.
Participam das marchas representantes das organizações Comissão Nacional em Defesa da Água e da Vida (CNDAV), Federação de Cooperativas de Moradias pela Ajuda Mútua (FUCVAM), a Federação Ancap (FANCAP), o Sindicato do Gás (UAOEGAS), a Federação de Funcionários da OSE (FFOSE), a União de Trabalhadores Açucareiros de Artigas (UTAA), REDES -Amigos da Terra Uruguai, a Comissão de Apoio pela Terra (CAXTIERRA), a Coordenadora pela Anulação da Lei de Impunidade e mais de uma dezena de organizações Bairristas e Territoriais e delegados da Central Única dos Trabalhadores do Brasil (CUT).
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Adital, 17/10/2007)