O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e a comitiva que o acompanha na visita às bases fronteiriças do Comando Militar da Amazônia (CMA), estão em Guajará-Mirim, Rondônia, a 330 quilômetros da capital Porto Velho.
Na pequena cidade de 40 mil habitantes, às margens do Rio Mamoré, o grupo visita o Comando de Fronteira de Rondônia, responsável por cuidar da fronteira com a Bolívia.
Ao fazer uma avaliação dos pelotões já visitados, Jobim elogiou os militares, afirmando que as fronteiras, apesar das dificuldades, estão bem protegidas.
"Os lugares estão muito bem guardados. A tropa é extraordinária, tem uma garra incrível. Há deficiências de equipamentos, e em alguns casos, de atendimento. Com as observações colhidas nos locais, teremos condições de programar isso [melhorias] de forma eficaz", afirmou.
Jobim voltou a falar da necessidade de uma maior integração entre as Forças Armadas e outros órgãos de Estado. "A presença militar na Amazônia não exclui as vinculações da atividade das Forças Armadas à integração com a Polícia Federal e o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis]".
O ministro disse que com o Plano Estratégico Nacional de Defesa, o governo quer fechar a Amazônia para a atividade do tráfico de drogas. Um comitê interministerial, criado no início de setembro, e presidido por Jobim, tem até setembro de 2008 para entregar a proposta do plano ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
"Por determinação do presidente, a Amazônia é uma prioridade", afirmou.
A comitiva viaja em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e visitou ainda o pelotão especial sediado no Forte Príncipe da Beira. A edificação, a 30 quilômetros da sede da cidade de Costa Marques (RO), foi concluída em 1783 e é considerada patrimônio histórico.
Segundo o CMA, além de militares, 314 civis vivem nas imediações do forte, um dos mais antigos do país. No final da tarde, o penúltimo dia da viagem que teve início na sexta-feira (12/10), o grupo seguiu para Porto Velho, onde passou a noite.
(Por Alex Rodrigues, Agência Brasil, 17/10/2007)