O governo federal estuda o lançamento, ainda neste ano, do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para o setor de transportes. A informação foi dada nesta quaarta-feira (17/10) pelo ministro das Cidades, Marcio Fortes, durante a solenidade de abertura do 1º Salão do Imóvel, que se realiza até domingo na zona Oeste da cidade.
A iniciativa será discutida amanhã, durante reunião em Brasília com a equipe econômica. “Nós temos o PAC da habitação, nós temos o PAC do saneamento e a própria Constituição Federal diz que o governo tem responsabilidade de baixar diretrizes também sobre transportes urbanos. Então, está faltando alguma coisa”, disse Fortes.
Ele destacou que presidente da República já enviou ao Congresso Nacional projeto de lei que traça diretrizes para setor: "Não adianta, no entanto, colocar um conjunto habitacional longe do centro da cidade e a demora para chegar ao local de trabalho ser de até quatro horas. Muitas pessoas não sabem disso, mas é grande o número de trabalhadores que só vai para casa nos finais de semana, fica sob viadutos e marquises: eles têm emprego e residência fixa, mas não vêem compensação em ir para casa todos os dias, diante da dificuldade e dos custos do transporte urbano".
Uma das alternativas em discussão, segundo Fortes, é a de aproveitar a “pequena janela” aberta com a experiência adotada em São Paulo, onde já há uma via expressa com 32 quilômetros de extensão ligando os moradores do bairro de Cidade Tiradentes ao centro da capital. O ministro citou também a possibilidade de incentivo ao transporte aquaviário. “São temas que ainda estão no rascunho, agora vamos discutir a viabilidade de recursos para a implantação”, disse.
O ministrou lembrou que existem programas definidos mas ainda não implementados, como o Pró-Transportes, que "tem dotação de recursos de até R$ 500 milhões prevista no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, mas nunca utilizada porque tem de entrar no Orçamento via votação do Conselho Monetário Nacional, o que ainda não aconteceu”.
(Por Nielmar de Oliveira, Agência Brasil, 17/10/2007)