As temperaturas moderadas de 2007 reduziram o buraco da camada de ozônio no Antártico a um dos menores níveis da última década, mas isso não significa que esteja se recuperando, informou na terça-feira (16/10) a OMM (Organização Meteorológica Mundial). Segundo o especialista Geir Braathen, o atual buraco no pólo sul é "relativamente pequeno", tanto em superfície como em quantidade de ozônio destruído.
Desta forma, desde 1998, apenas os anos de 2004 e 2002 registraram buracos menores que o atual. Braathen assinalou, no entanto, que isto não é um sinal de recuperação da camada de ozônio, mas responde a circunstâncias pontuais, como as temperaturas amenas do inverno de 2007.
Sempre há uma variação anualizada das condições meteorológicas, e por isso, segundo Baarthen, "alguns momentos podem registrar buracos menores", como vem acontecendo neste ano. A quantidade de gases nocivos à camada de ozônio atingiu seu auge em 2000, e desde então vem se reduzindo lentamente, a uma média de 1% ao ano. "Mas a estratosfera ainda contém agentes nocivos suficientes para causar grandes buracos nas duas próximas décadas", alertou Braathen.
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Efe, 17/10/2007)