Os novos caminhões de coleta do lixo residencial de Porto Alegre não poderão se esconder do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU). A partir de 12 de novembro, cada um dos 43 veículos usados pela nova empresa responsável pelo serviço terá um sistema de localização por satélite. Horários e rotas poderão ser controlados com precisão.
- Se alguém nos ligar dizendo que o caminhão de lixo não passou, nossa fiscalização poderá conferir no computador, aqui na sede do DMLU, o que ocorreu. Vamos saber na hora se o veículo está parado, se está na rota errada ou se passou e o usuário não viu - explica Regis Galvão dos Santos, diretor em exercício da Divisão de Limpeza e Coleta.
O monitoramento por meio de GPS (do inglês Global Positioning System, ou sistema de posicionamento global) é a principal novidade do novo serviço de coleta de lixo da Capital. Santos afirma que é uma garantia de que o departamento poderá fiscalizar e cobrar eficiência da empresa Qualix, a responsável pelo lixo domiciliar.
Não estão previstas, no começo do contrato, alterações no sistema que os porto-alegrenses conhecem. O tipo de caminhão será igual ao atual. Os dias e horários de coleta também permanecem os mesmos para não tumultuar o serviço.
O departamento assinou em 12 de setembro os três contratos com as empresas que venceram as licitações. Além da Qualix, foram contratadas a Construrban (para recolher resíduos públicos) e a Delta (responsável pela coleta em empresas que geram grande demanda).
Santos alerta que, nas primeiras semanas de atuação, os moradores podem sentir dificuldades no serviço devido ao que chama de período de adaptação. Essa fase pode durar até três semanas.
- Serão funcionários novos, talvez sem o mesmo ritmo dos que trabalham hoje, correndo ao lado dos caminhões. Também os motoristas não conhecem o roteiro e os locais onde certas pessoas colocam o lixo não são bem conhecidos. Se ocorrer, isso será temporário - promete Santos.
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Zero Hora, 17/10/2007)