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pesca industrial
2007-10-17
Fiscalização do IEF e Polícia Militar de Meio Ambiente será intensificada, para evitar o consumo de peixes. Pescadores vão receber auxílio mensal de um salário mínimo

Pela primeira vez na história de Minas Gerais, a pesca nos rios das Velhas e São Francisco será proibida, devido à contaminação das águas, que põe em risco a saúde da população de cerca de 60 cidades das regiões Central e Norte do estado. Nesta quinta-feira, o Instituto Estadual de Florestas (IEF) deve publicar no Minas Gerais uma portaria que impede a atividade por causa da alta concentração de cianobactérias (algas azuis) até 1º de novembro, quando começa a piracema. Um alerta também será divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde para que o uso da água e o consumo de pescado sejam evitados em todos os municípios nos quais testes de qualidade apontam um quadro crítico.


Segundo o gerente de Fauna Aquática e Pesca do IEF, Marcelo Coutinho Amarante, a proibição da pesca vai valer para um trecho de 200 quilômetros do Rio das Velhas, entre Jequitibá, na Região Central, e Barra do Guaicuí, distrito de Várzea da Palma, no Norte. No São Francisco, a restrição será entre Barra do Guaicuí e a cidade de Manga, também no Norte de Minas, numa extensão de 428 quilômetros. “Vamos intensificar a fiscalização feita pelo IEF e pela Polícia Militar de Meio Ambiente. No Velhas, a pesca profissional já era proibida, mas era liberada a de subsistência e amadora, e agora serão impedidas todas as modalidades. Essa é uma medida preventiva, pois há risco de contaminação pela toxina liberada pela cianobactéria, apesar de ainda não haver notificação formal de nenhum caso”, disse Marcelo Amarante.

Em 1º de novembro, quando vence o prazo de validade da portaria, todos os trechos serão reavaliados pela Copasa. Se os níveis de contaminação das águas permanecerem acima do aceitável pelo Ministério da Saúde, a proibição da pesca será estendida. Caso contrário, passarão a valer as regras da piracema, que restringe a quantidade e o tamanho dos peixes retirados dos rios até 28 de fevereiro do ano que vem, pois nesse período as espécies sobem até a cabeceira para reproduzir. Para avaliar a presença da toxina nos peixes, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) vai enviar, nos próximos dias, amostras ao laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Testes
O acompanhamento semanal da qualidade das águas nos rios das Velhas e São Francisco vai contar, a partir desta semana, com um novo ponto de coleta: entre Lagoa Santa e Jequitibá, na Região Central. “O Ministério da Saúde considera aceitável a concentração de um micrograma de cianobactéria por litro de água tratada. O último exame apontou níveis abaixo do estipulado nos rios Doce, das Velhas e São Francisco, mas está mantido o alerta, pois as algas azuis são muito sensíveis e podem voltar com uma simples mudança no vento, na velocidade da água ou na temperatura”, explicou o biólogo da Copasa, Fernando Jardim. Segundo ele, o principal alerta é para que a população ribeirinha evite consumir água captada diretamente dos rios e pescados.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, o contato e a ingestão de toxinas liberadas pelas cianobactérias podem trazer complicações para o fígado e, dependendo do grau de contaminação da água, podem causar hepatite tóxica e câncer. Outros sintomas são inflamação nos seios da face e asma, irritação na pele, olhos, ouvidos, lábios e garganta, náuseas e vômitos. A toxina também pode afetar o sistema nervoso central, provocando dormência e formigamento das extremidades (pontas de dedo, nariz e orelhas), convulsão, paralisia muscular e, em casos extremos, até a morte.  
 
(Por Paulo Henrique Lobato e Glória Tupinambás, Estado de Minas, 17/10/2007)

 

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