Na carona do início das operações da usina de biodiesel da Oleoplan, em Veranópolis, descortinam-se novos nichos de mercado. Sobretudo no segmento agrícola, responsável pela matéria-prima do combustível do futuro.
Uma das novidades em Veranópolis é o cultivo da canola, cuja primeira safra deve ser colhida dentro de um mês e encanta pelo tapete de flores amarelas. As mudas foram importadas da Austrália com subsídio da Oleoplan e a perspectiva é de que a cultura ganhe gradativamente mais terreno nas apostas dos produtores.
Até porque a canola apresenta vantagens, como forte resistência a geadas e melhor rendimento em relação à soja, hoje principal matéria-prima do biodiesel. Neste ano, o frio inclemente apenas atrasou a maturação da planta, explica o engenheiro agrônomo da Oleoplan, Samir Piccoli (na foto).
Agora, com o surgimento de usinas de biodiesel, o setor torce os dedos para que o governo leve adiante a idéia de antecipar a mistura obrigatória do produto ao diesel, dando vazão à produção.
(Por Silvana Toazza,
Pioneiro, 17/10/2007)