A Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT) inicia hoje (17/10), em 16 regiões do Estado, uma série de discussões sobre as políticas do Governo Yeda Crusius. As atividades ocorrem dentro da Jornada de Lutas que tem como ponto de partida o município de Palmeira das Missões, no Noroeste Rio-grandense. Conforme a diretora da CUT, Maria Luiza Feltz, um dos principais pontos a serem abordados será a política ambiental do atual governo que, na visão da entidade, privilegia as grandes empresas do agronegócio em detrimento das pequenas propriedades rurais.

“Queremos discutir a questão com uma proposta de desenvolvimento que esteja comprometida com o futuro e não apenas uma solução imediata”, diz. A sindicalista lembra que a CUT apresentou um projeto de desenvolvimento para o Estado durante a Marcha dos Sem promovida nas principais capitais do país em 2006. “Queremos um projeto de desenvolvimento que gere emprego e renda, mas que também preserve o meio ambiente”, afirma. A CUT se refere à condução do governo do Rio Grande do Sul nos processos de licenciamento para a Silvicultura, a qual se posiciona contrária.

De acordo com a diretora, o governo está utilizando a Fepam para atender apenas os interesses das grandes empresas do setor. Ela afirma ainda que não entende como essas empresas chegaram ao Estado comprando terras antes mesmo da conclusão do Zoneamento Ambiental para a Silvicultura. “Se compraram as terras antes do zoneamento é porque entenderam que o Estado é terra de ninguém”, critica.

A Jornada de Lutas vai ocorrer até novembro e servirá de preparação para a paralisação geral prevista para o dia 7 de novembro em todo o Estado e para a décima segunda Marcha dos Sem, em 30 de novembro, em Porto Alegre.

(Por Carlos Matsubara, Ambiente JA, 17/10/2007)