A partir do próximo ano, pelo menos 40 micro e pequenas empresas com sede no Amazonas devem ser diretamente beneficiadas com recursos de até R$ 150 mil – para cada uma delas, para o desenvolvimento de projetos de inovação tecnológica.
Convênio no valor de R$ 6 milhões foi firmado nesta terça-feira (16/10) entre o Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). A iniciativa faz parte, segundo o representante da Finep, Renato Cislaghi, de um projeto nacional que prevê investimentos em 17 estados do país para casar recursos federais e estaduais.
Para ele, o Amazonas está na vanguarda dessa iniciativa, já que é o segundo estado a firmar a parceria com o ministério. "O objetivo dessa parceria é incentivar o desenvolvimento de projetos de inovação tecnológica visando estimular a cultura de inovação e a competitividade das micro e pequenas empresas. Na semana passada foi assinado em Minas Gerais o primeiro convênio e hoje no Amazonas consolidamos a proposta", disse Cislaghi.
O presidente da Fapeam, Odenildo Sena, destacou que a assinatura desse convênio pode inverter o ranking das pesquisas que hoje, no país, estão praticamente todas concentradas nas universidades, gerando mais empregos e fomentando a economia dos estados.
"O governo estadual está ajudando a criar um novo conceito e cultura, no sentido de que é preciso investir na empresa, na inovação e levar os pesquisadores para dentro das empresas", afirmou.
O secretário de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Francelino Grando, que também participou da solenidade de assinatura do convênio, lembrou que as pesquisas a serem desenvolvidas vão contribuir também para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Ele disse acreditar na possibilidade de a região se tornar um modelo para a gestão de recursos ambientais.
"O que me impressiona no Amazonas é encontrar uma articulação moderna de linguagem e objetivos entre diferentes atores dos setores público e privado. Eu vejo uma convergência e uma clareza de objetivos e princípios de que é preciso formação de recursos humanos em primeiro lugar e é preciso um foco de pesquisa no potencial regional, considerando as regionalidades como instrumento vital do desenvolvimento sustentável da Amazônia", afirmou.
(Por Amanda Mota, Agência Brasil, 16/10/2007)