O Greenpeace acusou a Apple de utilizar componentes potencialmente tóxicos no iPhone, o telefone celular que já teve mais de um milhão de unidades vendidas nos Estados Unidos. Segundo o site da organização, algumas peças do iPhone contêm produtos que outras companhias eliminaram faz tempo na fabricação de seus aparelhos.
O Greenpeace diz que encontrou bromo, material usado em produtos para apagar fogo, em mais da metade das amostras do iPhone analisadas. O estudo acrescenta que o material que recobre o cabo dos fones que acompanham o celular contém 1,5% de ftalatos, compostos químicos usados para aumentar a flexibilidade dos plásticos e que estão proibidos na fabricação de brinquedos para crianças na União Européia (UE).
No entanto, o Greenpeace reconheceu que nenhum dos elementos do iPhone analisados viola a norma do bloco europeu. Zeina Alhajj, responsável pela campanha antitóxicos da organização, disse que a Apple "está longe de trilhar o caminho que a leve a ser líder da indústria eletrônica verde, enquanto concorrentes como a Nokia já vendem telefones celulares livres de PVC".
Após a publicação do estudo, o Centro de Saúde Ambiental (CEH), com sede na Califórnia, anunciou que processará a Apple, já que as leis do estado obrigam aos fabricantes a comunicar a presença de ftalatos em seus produtos. A Apple não fez nenhuma declaração a respeito.
(EFE, 15/10/2007)