A Comissão Externa da Pagrisa continuará, nesta terça-feira (16/10), a partir das 11h, a audiência pública, iniciada no último dia 2, destinada a apurar denúncias de prática de trabalho escravo na empresa Pará Pastoril e Agrícola S/A, localizada em Ulianópolis (PA). A comissão, criada em agosto com esse objetivo, prosseguirá com os depoimentos de três dirigentes da empresa, bem como de um auditor fiscal do Trabalho e de um procurador do Trabalho.
Na reunião desta terça-feira (16/10), os senadores tomarão o depoimento do auditor fiscal do Trabalho Humberto Célio e do procurador do Trabalho Antônio Luiz Fernandes. Os dois integraram o Grupo Móvel de Fiscalização que promoveu diligência nas dependências da Pagrisa em julho deste ano. A ação dos fiscais resultou na autuação da empresa e na demissão de mais de mil trabalhadores cortadores de cana-açúcar, além da suspensão da venda, para a Petrobrás, de álcool combustível produzido na empresa.
Para defender-se da denúncia, falarão o diretor presidente da Pagrisa, Marcos Villela Zancaner; o diretor-adjunto, Fernão Villela Zancaner; e o diretor-executivo, Murilo Villela Zancaner. Na reunião anterior, Fernão Zancaner contestou as denúncias. Ele apresentou aos senadores um vídeo e questionou a veracidade dos dados incluídos no relatório da auditoria.
(Por Geraldo Sobreira, Agência Senado, 15/10/2007)