A produção de biodiesel está ganhando espaço na região Norte do Mato Grosso, que concentra os maiores produtores de grãos do país. Atualmente, das 11 indústrias autorizadas a operar pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), oito estão no Nortão, sendo três em Sorriso, duas em Lucas do Rio Verde, duas em Sinop e uma em Colíder.
Alguns empresários participarão, no próximo dia 22, de uma audiência pública que debaterá as regras para os novos leilões de compra de biodiesel pela ANP. Serão quatro, sendo dois em novembro e outros dois dezembro, para compra de cerca de 840 milhões de litros. Uma das exigências é que 80% do produto seja feito com oleaginosas plantadas por pequenos agricultores, por meio do selo de combustível social.
Também deve estar em pauta a adição de biodiesel no óleo diesel. A União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio) deve cobrar a atencipação da adição de 5%, prevista para os próximos anos. A partir do ano que vem, a exigência é de adição de 2%. A fábrica da Fiagril, que deve começar a operar no próximo mês, em Lucas do Rio Verde, também integra a entidade. Segundo o diretor administrativo Francisco Flores, a justificativa é que a produção atual do segmento é suficiente para atender a demanda de 5%.
Esta proposta pode ser aceita pelo governo, que já sinalizou que pode antecipar o cronograma, o que também deve resultar no ajuste dos valores pagos ao setor.
O empresário sorrisense Cláudio Zancanaro também deve particar, nesta terça-feira, de uma reunião no Rio de Janeiro, com a Casa Civil, para a discussão dessas novas regras. “O setor deve apresentar sua capacidade de produção e se estão prontas para atender a demanda”, destacou, ao Só Notícias.
O biodiesel é apontado como uma alternativa ao óleo diesel, por ser um combustível que não polui o meio ambiente, sendo fonte de energia renovável. Pode ser feito do óleo de soja, girassol, dendê, sebo bovino, caroço do algodão, entre outros.
(Por Tânia Rauber,
24 Horas News, 15/10/2007)