China e Índia, as duas potências emergentes asiáticas, aumentarão sua capacidade nuclear entre seis e 10 vezes durante os próximos 20 anos. Segundo disse um diretor da Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA) à imprensa chinesa, o crescimento no resto do mundo "não é tão rápido".
"A China se desenvolveu muito rápido na indústria da energia nuclear nos últimos 20 anos", precisou Yury Sokolov, subdiretor-geral da AIEA e principal responsável de seu departamento de energia nuclear, durante um fórum sobre como prolongar a vida útil das usinas nucleares, em Xangai.
O gigante asiático começou sua produção de energia atômica em 1991 com seu primeiro reator próprio, o Qinshan-I, agora em fase de ampliação, na província de Zhejiang (leste). Enquanto em 2007 sua capacidade nuclear é de cerca de 9.000 megawatts, está planejado que em 2020 o país alcance os 40.000 megawatts, segundo dados publicados nesta terça no diário oficial China Daily.
Já o Departamento de Energia Atômica indiano espera alcançar os 20.000 megawatts em 2020, acrescenta o jornal chinês. No caso da China, esse crescimento representa para o país construir dois novos reatores nucleares por ano. "A energia nuclear existe em 30 países, e outros 30 ou 40 países expressaram sua intenção de explorar a energia nuclear", afirmou Sokolov, que se mostrou otimista sobre o desenvolvimento futuro desta fonte de energia. Para alguns analistas chineses neste campo, a energia nuclear é a melhor opção para satisfazer as necessidades energéticas do crescimento econômico de seu imenso país.
(Efe, 15/10/2007)