No grande expediente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre nesta segunda-feira, o vereador Luiz Braz (PSDB) disse que considera equivocada a tramitação do projeto do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental. Segundo ele, a forma atual, pela qual vários segmentos da sociedade são ouvidos pelo Executivo e só depois a Câmara analisa a matéria, prejudica os trabalhos. "O correto seria que apenas os técnicos elaborassem a proposta e somente depois a Câmara ouvisse a sociedade para fazer os ajustes necessários." Para Braz, da forma como é feito, o projeto vira um "frankenstein" que depois tem de ser refeito pela Casa. "E aí ainda seremos acusados de estarmos contra este ou aquele segmento."
Já Elói Guimarães (PTB) concordou que a tramitação do Plano Diretor merece ser reavaliada. Para ele, ao Executivo se reservam as funções de cunho técnico e ao Legislativo cabe fazer o debate político da matéria. "O atual secretário do Planejamento tem uma visão assembleísta." Quanto ao projeto em si, o vereador salientou a necessidade de se discutir especialmente a integração do Lago Guaíba com a cidade. "Porto Alegre precisa, por exemplo, definir uma política para o cais do porto."
(Por Marco Aurélio Marocco e Regina Andrade, Ascom CMPA, 15/10/2007)