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imprensa e meio ambiente
2007-10-15
Na plenária final do 2° Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, a cidade de Cuiabá foi escolhida como sede do 3° Congresso, previsto para 2009.

O Congresso terminou em grande confraternização dos participantes, felizes com os assuntos abordados, profissionalismo e profundo conhecimento de cada tema por parte dos painelistas e a organização do evento. Durante a plenária, foi indicado à Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental, por maioria dos congressistas presentes, que os moderadores sejam definidos por eleição.

Destacou o coordenador da mesa e do Congresso, Juarez Tosi, que é ´apenas uma indicação´ porque não havia legitimidade para a definição do tema, que deve ser concluído na própria lista de discussão da Rede.

Sede - A jornalista Gisele Neuls fez a defesa do Congresso ser sediado em Cuiabá, organizado pelos integrantes do Núcleo de Ecojornalistas dos Matos (Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso). Os presentes aprovaram a proposição e afirmaram que todos irão contribuir com o NEM para a realização do Congresso.

Adalberto Marcondes, diretor da Envolverde, defendeu que a sede fosse em Brasília, centro do Brasil, onde há sucursais de todos os jornais brasileiros e é o centro político do país. A proposta foi minoritária.

Moções aprovadas

Na mesma plenária foram aprovadas quatro moções, encaminhadas à mesa por participantes, em ordem de apresentação:

1ª – Moção de Louvor (NEJ/Alagoas)

Os jornalistas reunidos no 2° Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental aprovam a moção de louvor aos organizadores do evento pela riqueza de conteúdo, escolha dos conferencistas e pela organização presente, sobretudo no cumprimento dos horários e da programação.

2ª - A Responsabilidade da Comunicação Social pelo Interesse Difuso (Centro Rede 2mil – Multiprofissionais – OSCIP)

A Sociedade quando Organizada de forma responsável se habilita a integrar e participar na formação do Interesse Difuso.

As OS’s, OSC’s e OSCIP’s, como Terceiro Setor, desenvolvem-se deforma velada pelo Estado Nacional com ações que rompem o Interesse Difuso Governamental, já que são organizações de Estado constitucionalmente.

Hoje, o Brasil se depara com:

A) CPI das ONGs;

B) Representação difusa entre Governo, Estado e Pessoal/Particular;

C) Nunca ter assinado a Convenção de Estocolmo (1972 – “Mãe” da abordagem do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável);

D) A omissão do Estado Brasileiro quanto a combater o “Mexilhão Dourado” como praga das águas, de forma responsável;

E) O cenário do “Aquecimento Global” mascara as relações dos interesses econômicos, desagregando vocações entre “Desenvolvimento e Meio Ambiente”, atribuindo ao Brasil Responsabilidades.

E agora?

Qual é a SUSTENTABILIDADE?

E o que é SUSTENTABILIDADE sem o “Interesse Difuso”?

Percebendo o Local

O Centro Rede 2mil, como OSCIP, vem a público expressar-se sobre a “Lei das OSCIP’s do Estado do RS, como uma atitude de Governo e não de Estado. Esse descaso com a Sociedade Civil legalmente constituída pelo Estado Democrático de Direito leva a uma “desoneração privatizante” dos segmentos sociais pertinentes à sociedade como um todo, deixando a cargo e interesses de poucos.

O Centro Rede 2mil solicita a ampliação dos debates e as condições relacionais entre o 1° e o 2° Setor, com uma Comunicação Social junta e responsável.

3ª – Disciplina de Jornalismo Ambiental (encaminhada por Jane Mazzorino, professora da Univates do Vale do Taquari).

Considero importante para os próximos encontros trazer palestras/conferências de cientistas sociais e das humanas, que estejam pesquisando questões ambientais.

Que seja implementada uma estratégia de inserção da disciplina de Jornalismo Ambiental para educação ambiental nos currículos dos cursos de Comunicação Social.

4ª – Pela Criação do Parque Nacional da Serra Vermelha

Os jornalistas ambientais brasileiros, reunidos em Porto Alegre, de 10 a 12 de outubro, apóiam e reivindicam a criação do Parque Nacional da Serra Vermelha, no Sul do Piauí, pelos motivos a seguir:

A área, cerca de 400 mil hectares, está localizada no Chapadão do Gurguéia, no Sul do Estado e é extremamente rica em biodiversidade. Atualmente, encontra-se ameaçada pelo projeto Energia Verde, da empresa carioca JB Carbon, do empresário João Batista, que vinha destruindo uma área de floresta de 78 mil (não diz o que), na Serra Vermelha, podendo chegar a mais de 200 mil para a produção de carvão vegetal com licenças concedidas pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado, IBAMA local e nacional.

Na área estão presentes os biomas Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica e abriga centenas de espécies da fauna que nunca foram pesquisadas.

Entre as 900 áreas, consideradas pelo Ministério do Meio Ambiente como prioritárias para a conservação da biodiversidade, está a Serra Vermelha.

O Chapadão do Gurguéia é área de recarga que abastece um dos mais importantes rios do Estado, o Gurguéia, Rio Rangel e diversos riachos e lagoas.

O Instituto de Terras do Piauí reconhece que as terras do Chapadão do Gurguéia são públicas devolutas.

(EcoAgência, 14/10/2007)

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