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tratamento de esgoto
2007-10-15

Seis meses depois da inauguração do emissário submarino da Barra (RJ), o sonho de ver o mar e as lagoas limpos ainda pode ter de esperar muitos verões. Análises da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema) revelam que não houve melhorias na qualidade da água no Quebra-Mar - trecho mais poluído da praia - e nas lagoas de Camorim, da Tijuca, Jacarepaguá e Marapendi depois que o sistema entrou em operação. Segundo a companhia de água, Cedae, o emissário lança hoje, a cinco quilômetros da costa, de 600 a 800 litros por segundo de esgoto sem tratamento, o que corresponde a até 25% da carga orgânica gerada na região. Atualmente o estado não dispõe de qualquer estudo científico que aponte quando a obra, que levou quase 30 anos para sair do papel e já consumiu R$ 324 milhões, conseguirá melhorar os indicadores ambientais.

A Feema realizou apenas três análises nas lagoas da região desde a inauguração do emissário. Diante da falta de estudos sobre o assunto, o presidente do órgão, Axel Grael, estima que a praia e as lagoas apresentem melhorias em cerca de cinco anos:

- O período seria equivalente a cinco ciclos hidrológicos, que limpam a bacia. Mas isso só ocorrerá se a coleta de esgoto aumentar.

A Cedae ainda não tem uma estimativa de quando isso acontecerá. Para aumentar a vazão do emissário, a empresa espera concluir a elevatória de Marapendi até fevereiro. Com ela, será possível lançar no emissário o esgoto dos 50 maiores condomínios da Barra, mas a captação não será imediata, já que as ligações à rede ficarão a cargo dos moradores.

Custo já é 4 vezes maior que o previsto

O programa de saneamento da região está orçado hoje em R$ 518 milhões, quatro vezes mais do que o previsto (R$ 118 milhões). Para terminá-lo, ainda faltam R$ 194 milhões. Por enquanto, não há previsão de quando as obras serão concluídas.  Em 25 de setembro, o Tribunal de Contas do Estado solicitou ao presidente da Cedae que informe, em 30 dias, as providências para concluir as obras e apresente o cronograma físico-financeiro.

Na Baía, programa fracassou

O saneamento da Barra e de Jacarepaguá lembra, em muitos aspectos, o criticado Programa de Despoluição da Baía de Guanabara, cujas obras se arrastam há 12 anos com resultados pífios. A maior parte das praias da baía continua poluída. Financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Banco Japonês para Cooperação Internacional (JBIC), o bilionário programa se perdeu em atrasos e equívocos ao longo de vários governos. Como a construção das estações de tratamento tinham 100% de financiamento externo, as administrações ergueram as unidades, que, no entanto, passaram a operar precariamente por falta de esgoto. Diferentemente do que ocorria com as estações, a implantação da rede coletora tinha 65% de investimento do estado e, por isso, foi sendo relegada a segundo plano. Como resultado, o Estado dispõe de estações, mas não há canos para levar o esgoto das casas até essas unidades.

(Por Paulo Marqueiro e Tulio Brandão, O Globo, 14/10/2007)


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