No sábado (14/10), o presidente equatoriano Rafael Correa anunciou que pedirá a ajuda do líder venezuelano, Hugo Chávez. Correa quer renegociar os contratos com as multinacionais do petróleo que operam no Equador, entre elas a Petrobras.
Correa também revelou que o Equador voltará à Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) em novembro, para "ter informação e saber o que estão fazendo os demais países" em relação às multinacionais.
Recentemente, o presidente equatoriano decidiu reduzir de 50% para 1% o ganho das multinacionais com a alta dos preços do petróleo. Ele também anunciou que fará uma auditoria nos contratos assinados com as companhias estrangeiras a partir de 1996 para determinar possíveis irregularidades em prejuízo do Estado.
Segundo Correa, seu governo pedirá a assessoria de Chávez para renegociar os atuais contratos com Petrobras, Andes Petroleum (China), Repsol IP-F (Espanha), City Oriente (Estados Unidos) e Perenco (França).
"Para estes novos contratos vamos ter assessoria técnica, de venezuelanos e de outros países da região, que já têm experiência nesta renegociação". Para renegociar os contratos, "também será de grande ajuda nosso ingresso na Opep, porque poderemos ter acesso à informação e experiência" dos outros membros.
Quito, capital do Equador, entrou no bloco em 20 de novembro de 1973 e se retirou 19 anos depois por não cumprir as metas do sistema de cotas. O país deixou uma dívida pendente de 5,2 milhões de dólares.
O Equador é o quinto maior produtor sul-americano de petróleo. Em 2006 produziu uma média de 536.000 barris por dia, dos quais 53% correspondem a petroleiras privadas. Entre janeiro e julho de 2007, a produção equatoriana chegou aos 506.000 barris por dia.
(Folha online, 14/10/2007)