Ainda de forma acanhada, alguns supermercados no Rio Grande do Sul têm buscado incentivar o uso consciente das sacolas plásticas, especialmente no Interior, onde uma das ações refere-se à distribuição de cautelas para sorteio aos consumidores que levam de casa o material. O presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Longo, ressalta que nos estabelecimentos existe a preocupação e a disposição de contribuir.
Ele cita ações como a participação em campanhas sobre coleta seletiva e o uso de sacolas recicladas. 'No Interior, algumas redes utilizam material biodegradável, mas de forma esporádica, mais como teste', destaca Longo. Projetos de lei sugerindo a adoção de novas tecnologias para substituir o atual material, a partir do petróleo, utilizado nos supermercados e no comércio em geral, surgem em todo o país. Uma das soluções propostas é a substituição do plástico atual por compostos oxibiodegradáveis, que aceleram o processo de decomposição.
Com isso, em vez de demorar um século para se decompor, as sacolas desapareceriam em tempo bem menor. De autoria do deputado Adroaldo Loureiro, do PDT, tramita na Assembléia proposta que obriga estabelecimentos comerciais a utilizar embalagens biodegradáveis. Mas a idéia é vista com restrição. Para Longo, existe a necessidade de comprovação sobre impacto no meio ambiente. Entre as tecnologias que surgem estão o chamado plástico verde, à base do etanol da cana, produzido pela Braskem, que levaria apenas cem dias para degradar, e o plástico derivado de grãos de milho.
(Por Carina Fernandes, Correio do Povo, 14/10/2007)