O Rio Grande do Sul é responsável pelo descarte anual de 5 milhões de lâmpadas fluorescentes usadas, quantidade suficiente para contaminar milhões de metros cúbicos de água potável. O alerta foi feito por representantes do Instituto Porto Alegre Ambiental (IPOA Ambiental), em audiência pública promovida essa semana pela Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembléia.
A entidade apresentou o Projeto de Descontaminação de Lâmpadas com Mercúrio, buscando o apoio do poder público e da iniciativa privada.
Uma alternativa apontada é a construção de uma unidade de processamento de lâmpadas usadas. Já há tratativas para possível instalação do local em Novo Hamburgo. 'A dificuldade é convencer sobre a necessidade de resolver o problema a partir da união entre o poder público e a sociedade civil', disse o presidente do IPOA Ambiental, Vilmar de Mello. Segundo ele, o projeto prevê a implantação de um sistema de descontaminação das lâmpadas com mercúrio a partir de um equipamento importado, cuja tecnologia já conta com licença prévia e de instalação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Outra proposta é a publicação de uma cartilha de conscientização sobre cuidados necessários para o manuseio e descarte de lâmpadas com mercúrio.
(Correio do Povo, 14/10/2007)