Primeiro de uma série de eventos similares a serem promovidos em todo o país, o Encontro de Intercâmbio da Carteira Indígena para os povos indígenas do Nordeste e Leste será realizado entre os dias 16 e 19 deste mês, em Garanhuns (PE). Outros quatro encontros referentes à Carteira de Projetos Fome Zero e Desenvolvimento Sustentável em Comunidades Indígenas - ou simplesmente Carteira Indígena (CI) - serão realizados para os povos de São Paulo (de 29 de outubro a 1º de novembro, em São Paulo); da Região Sul (de 7 a 8 de novembro, em Florianópolis); da Amazônia Legal (de 28 a 30 de novembro, em Brasília); e do Mato Grosso do Sul (entre comunidades guarani e terena, de 11 a 30 de novembro).
Em comum, os encontros promoverão consultas regionais - durante os quais as comunidades indígenas apoiadas poderão trocar experiências e identificar as principais dificuldades enfrentadas na execução de seus projetos de CI. Participarão dos encontros lideranças das organizações indígenas regionais, membros da Comissão Nacional de Povos Indígenas (CNPI), em cada região, além de parceiros governamentais e instituições não-governamentais, entre outros.
"A hora é de trocar experiências e de refletir sobre o que foi feito, para definir elementos que aprimorem o atendimento às comunidades indígenas e fortaleçam a dimensão ambiental da Carteira Indígena", diz a coordenadora Lylia Galetti.
A Ca rteira Indígena é fruto de uma parceria entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) na primeira gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, em dezembro, completará quatro anos de atuação junto a comunidades indígenas de todo o País. Ao longo desse período, foram aprovados pelo Grupo Gestor da CI um total de 235 projetos, com investimentos da ordem de R$ 10 milhões, em benefício de 60.098 indígenas em todo o Brasil.
Os projetos de CI estão voltados, principalmente, a atividades vinculadas à produção de alimentos (como plantio de roças, criação de pequenos animais e bovinos, beneficiamento de frutas, casas de farinha, piscicultura e apicultura, por exemplo), e, em menor medida, à geração de renda, com a produção agroextrativista e de artesanato. Com a implementação desses projetos, constatou-se uma redução na pressão sobre os recursos naturais das áreas indígenas, bem como um aumento na produção de alimentos e na renda de algumas famílias.
(Por Grace Perpetuo, Ascom MMA, 10/10/2007)