Apesar da proibição, Mato Grosso vem ocupando a segunda posição no número de queimadas registradas pelo satélite NOAA-15, do Programa de Prevenção e Controle de Queimadas e Incêndios Florestais na Amazônia Legal (Proarco), este mês. Até sexta-feira, 438 focos foram detectados. O primeiro no ranking é Maranhão, com 477 registros.
Mas a situação foi bem diferente no mês passado, quando o território mato-grossense teve o maior número de queimadas. Foram 9.160. Grande parte nos dias 29 e 30, quando o satélite detectou 1.497 e 1.100, respectivamente. O resultado foi a intença fumaça que encobriu várias cidades. Nesse mesmo mês, Maranhão teve 2.498 focos.
Diante desses números, o periodo de proibição de queimadas, que terminaria no dia 25, foi prorrogado por tempo indeterminado. “Só serão autorizadas se o clima estiver favorável”, esclareceu o supervisor da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) em Sinop, Paulo Winter.
Nos últimos dias, fiscais da pasta estão vistoriando todas as propriedades em que os focos foram detectados. As áreas queimadas são medidas e os proprietários notificados. Caso seja compravado que o incêndio foi intensional, será multado. Muitos dos incêndios foram em propriedades na região Norte.
Em julho, uma operação foi realizada na região e resultou na autuação de sete propriedades em Sinop, Cláudia, União do Sul e Porto dos Gaúchos por cometerem queimadas e desmates ilegais. Foram devastados 1.314 hectares de mata. As multas chegam a R$ 1,5 milhão.
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Só Notícias, 09/10/2007)