A licitação que será lançada no fim de novembro para definir a empresa responsável pelo recolhimento do lixo em Santa Cruz do Sul vai estipular que a varrição das ruas seja dividida – 50% manual e 50% automatizada. Também determinará que o material resultante da coleta seletiva siga para os catadores. As informações foram dadas pela vice-prefeita e coordenadora do eixo social, Helena Hermany, durante audiência com integrantes do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis. O grupo quer motivar o município a dar início às discussões para justamente ser incluído na coleta seletiva.
Helena explicou que o processo de escolha da empresa dará prioridade ao enfoque social, levando em conta a valorização dos trabalhadores braçais – catadores e varredores. A Prefeitura também cogitaria construir um pavilhão para que os recicladores atuem em maior número. Assim, seria absorvido o volume produzido na área urbana e aumentaria o número de empregos.
Os catadores começaram em julho uma campanha pela coleta seletiva e pela valorização e reconhecimento de seu trabalho. Já conseguiram mais de 3 mil assinaturas. Com a mobilização, querem que os materiais recicláveis coletados na cidade sejam repassados aos catadores organizados em cooperativas. O documento será enviado à Câmara no fim deste mês, quando termina a campanha. Segundo informa a Prefeitura, uma comissão de vereadores, já constituída, dará início ao debate em torno do tema e existe a possibilidade de que ocorra uma audiência pública nos próximos meses.
Além de integrantes do movimento e da vice-prefeita, participaram da audiência o prefeito José Alberto Wenzel; o coordenador do Dema, Clero Guisleni, e o procurador adjunto, Edson Prochnow.
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Gazeta do Sul, 09/10/2007)