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silvicultura eucalipto aracruz/vcp/fibria
2007-10-09
A produção de alimentos no Espírito Santo perderá pelo menos mais 160 mil hectares para os plantios de eucalipto e cana-de-açúcar, o que fará o preço dos alimentos subir. De eucalipto, serão cerca de 100 mil hectares plantados para atender a demanda da quarta fábrica da Aracruz Celulose. E, pelo menos outros 60 mil hectares serão plantados com cana para abastecer as destilarias da Infinity Bio-Energy.

Essas são algumas das informações que estão sendo levadas diretamente aos capixabas durante a Marcha Popular pela Terra e pela Vida. Diretamente, porque a marcha, que saiu de São Mateus, norte do Estado, não é coberta pelas grandes redes de comunicação do Estado, como a Gazeta e Tribuna.

Entre as lideranças dos trabalhadores, há quem aponte para uma quantidade ainda maior de terra que será tirada da produção de alimentos. Wonibaldo Rutzen, da coordenação da marcha, acredita que a produção de cana-de-açúcar no Estado será feita em 250 mil hectares de cana. A estimativa é de que hoje o Espírito Santo tenha 60 mil hectares plantados com cana.

Atualmente, cerca de 250 mil hectares no Estado estão plantados com eucalipto. Para atender a demanda da quarta fábrica da Aracruz Celulose serão plantados pelo menos mais 100 mil hectares. Além de apontar a campanha que o próprio governador Paulo Hartung faz pela ampliação dos plantios de eucalipto, Wonibaldo Rutzen lembra que a quase totalidade das prefeituras está em campanha para plantar eucalipto, e até fornecendo mudas.

Diz ainda que as prefeituras usam artimanhas, como sugerir que o agricultor plante eucalipto para mourões, cercas e móveis, e não para celulose. “Os novos plantios vão tirar ainda mais as pessoas do campo, que já está esvaziado de trabalhadores e poderá ser a última debandada de vaqueiros e meeiros, que vão se tornar diaristas nas cidades”, destaca Wonibaldo Rutzen.

O último êxodo rural no Espírito Santo não será o único problema que a expansão dos plantios vão gerar, alertam os marchantes pela terra. Haverá mais contaminação da água e do solo pelos venenos agrícolas; redução da quantidade de água; perda de biodiversidade, entre outros.

No trabalho de informar diretamente a comunidade capixaba, os participantes da Marcha Popular pela Terra e pela Vida atingiram neste domingo (6) a região de Jacupemba, o último ponto da BR-101 a ser coberto. A Marcha saiu de São Mateus, no último dia 1. De Jacupemba, os participantes foram para Vila do Riacho, cobrindo 34.5 quilômetros nesta segunda-feira (7).

No litoral capixaba, os 160 marchantes terão atividades junto aos índios, às comunidades e dialogarão com os escassos trabalhadores rurais da região, atualmente tomada por eucaliptais da Aracruz Celulose.

(Por Ubervalter Coimbra, Século Diário, 09/10/2007)

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