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cvrd
2007-10-09
A Vale deve continuar nas mãos do capital privado? Dos três milhões 729 mil 538 brasileiros, que participaram do plebiscito sobre a anulação do leilão de privatização da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), 94,5% disseram Não a essa pergunta. E também repudiaram o fato Governo continuar priorizando o pagamento dos juros da dívida externa e interna; o preço abusivo da energia elétrica e a reforma da previdência.

O resultado do plebiscito foi divulgado ontem (08/10) às 15 horas, no plenário 9 da Câmara dos Deputados, em Brasília, pelas 64 organizações do movimento social brasileiro, que participaram das mobilizações para esse terceiro plebiscito popular da história do Brasil. As perguntas que questionavam sobre o pagamento da dívida, o alto preço da energia e a reforma da previdência não foram feitas em todos os estados, pois a decisão sobre a quantidade de perguntas era tomada pelos Comitês Estaduais do Plebiscito. Com 2 milhões 492 mil 320 votos, o pagamento das dívidas externa e interna pelo governo brasileiro foi rechaçado por 92,1% dos votantes.

A pergunta: Você concorda que a energia elétrica continue sendo explorada pelo capital privado, com o povo pagando até 8 vezes mais que as grandes empresas? Foi respondida Não por 93,7% dos 2 milhões 536 mil 136 eleitores. Já quando o povo foi questionado sobre se concordava que a Reforma da Previdência retirasse os direitos dos trabalhadores, o Não foi a opção de 93,4% dos 2 milhões 895 mil 965 votantes. Em alguns estados, houve uma quinta pergunta. Na Bahia e em Sergipe, a população foi perguntava se concordava com a Transposição do Rio Sã Francisco e, de 144 mil 780 votos, 90% do povo se posicionou contra a transposição. .
A consulta popular foi realizada em escolas, igrejas, sindicatos, praças em 24 mil 775 urnas espalhadas por todo o país entre os dias 1º e 9 de setembro deste ano. O objetivo dos organizadores era que o povo pudesse se manifestar sobre a venda de seu patrimônio; já que na época do leilão, os donos da vale, todos os brasileiros, não foram consultados. A base jurídica para a anulação do leilão existe, pois as irregularidades no leilão vão desde a sub-avaliação do preço da Companhia até o envolvimento de empresas que fizeram essa avaliação com o consórcio comprador.

Ainda essa semana serão realizadas audiências em Brasília para levar ao Poder Público o resultado do plebiscito. A audiência com o presidente da Câmara de Deputados, Arlindo Chinaglia, será na quarta-feira (10) às 9 horas. As audiências para entregar o resultado a representantes dos outros 2 poderes não têm data definida. Nos estados, atos de rua estão marcados para apresentar à população os resultados do plebiscito.

O plebiscito da Vale mobilizou cerca de 104 mil 592 voluntários e foi realizado em 3.157 municípios, o que corresponde a 57% do total de municípios brasileiros. A iniciativa do plebiscito já mostrou ser um instrumento eficaz para estabelecer um diálogo com a população: em 2000, o povo se mostrou contra o pagamento da dívida externa; em 2002, foi a vez da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) ser posta em discussão. Agora, com os 3 milhões 729 mil 538 votos contra o leilão da venda, o povo deixa claro sua opinião e pressiona o governo a tomar uma atitude.

O plebiscito popular levou a discussão da venda da Vale para as ruas de todo o Brasil. Fez com que as pessoas se informassem, debatesse e também retomou essa discussão entre os políticos. Uma urna foi colocada no Plenário da Câmara dos Deputados para colher os votos dos parlamentares e funcionários da Casa.

Na última quinta-feira (04), segundo informações da Agência Brasil de Fato, o deputado federal, Ivan Valente (PSOL - SP), apresentou um Projeto de Decreto Legislativo que propõe a realização de um Plebiscito Oficial para recolher a opinião da população, favorável ou contrária, sobre a retomada do controle acionário da Companhia Vale do Rio Doce pelo Estado brasileiro. No entanto, para que o projeto seja votado e aprovado na Câmara o povo terá que pressionar bastante os deputados que elegeu para representá-lo, pois tanto o governo como a oposição de direita são contra reabrir o debate sobre a privatização da CVRD.

(Adital, 08/10/2007)


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