A utilização de bicicletas como forma de melhorar o atendimento da população, em áreas rurais de difícil acesso, é a mais nova estratégia usada pelos agentes comunitários de saúde no Rio Grande do Sul. A entrega dos primeiros equipamentos, num total de 53, foi feita nesta segunda-feira (08/10) pelo secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, na sede da 2ª Coordenadoria Regional de Saúde, em Porto Alegre.
Os municípios beneficiados, com o respectivo total recebido, são os seguintes: Brochier (8), Camaquã (9), Dom Feliciano (13), Harmonia (8), Salvador do Sul (5) e São Francisco de Paula (10). A aquisição foi feita com recursos do Programa de Expansão da Saúde da Família (Proesf), do Ministério da Saúde.
“As cidades contempladas assumem o compromisso de aumentar o número de visitas domiciliares realizadas pelos agentes, que devem efetuar no mínimo uma mensal a cada família cadastrada. Além disso, também deverão fazer busca ativa de hipertensos e diabéticos, agendamento de pré-natal no primeiro trimestre da gestação e chegar a 100% de crianças menores de um ano com vacinas em dia”, explicou a coordenadora do Programa de Saúde da Família (PSF) da Secretaria Estadual da Saúde, Jussara Vendrúsculo.
As visitas domiciliares são um instrumento fundamental do programa, que possibilita conhecer melhor a comunidade e os riscos à saúde, e também ampliar os vínculos, devendo ser planejadas segundo o perfil epidemiológico da comunidade. O trabalho resulta em diminuição das internações hospitalares e da mortalidade infantil.
O secretário Osmar Terra disse que, em quatro anos, o Estado triplicou o número de equipes do PSF. Atualmente, são 1.157 habilitadas, com 607 equipes de Saúde Bucal e 8.407 agentes, cobrindo 33% da população gaúcha, especialmente aquela parcela mais necessitada e vulnerável.
“Antes de ser implantado o SUS, 60% das internações hospitalares eram de crianças, e hoje este número não chega a 3%”, disse o secretário, que credita ao SUS e ao trabalho dos agentes, entre outros, o avanço obtido. “Os hospitais do interior estão hoje com leitos ociosos e nosso Estado tem o menor índice de mortalidade infantil do país, que é um dos mais importantes índices para medir a qualidade de vida”, completou.
(Ascom Governo do Estado do RS, 08/10/2007)