Representantes do Ministério do Meio Ambiente destacaram a participação do Brasil no II Congresso Latino-Americano de Parques Nacionais e Outras Áreas Protegidas, realizado entre 29 de setembro e 6 de outubro, em Bariloche, na Argentina. Além de membros do MMA, a delegação brasileira foi composta por representantes do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa).
"Foi extremamente importante. Afinal, cerca de duas mil pessoas compareceram ao evento, onde pudemos compartilhar experiências exitosas", afirmou Maurício Mercadante, diretor do Departamento de Áreas Protegidas (DAP) do ministério.
A delegação brasileira marcou presença em quase todas as mesas de debate, com apresentação de trabalhos e programas desenvolvidos pelo MMA. No evento, a secretária de Biodiversidade e Florestas, Maria Cecília Wey de Brito, fez uma exposição sobre a criação de unidades de conservação na zona costeira. Ela destacou a necessidade de se aumentar a quantidade de áreas protegidas desse tipo, pois existem muitas espécies marinhas sobreexplotadas.
"A secretária fez um alerta sobre esse problema, que tem sido verificado em vários países", disse Silvio Souza Júnior, analista ambiental e também integrante do DAP. "Em média, todos os países da América Latina não possuem mais que 0,5% da sua zona costeira formada por unidades de conservação. E a meta mundial a ser cumprida é de 10%", ressaltou.
Integrante do Núcleo Zona Costeira e Marinha, Carolina Hazin participou do congresso e foi uma das palestrantes do MMA. Ela falou sobre a realização de consultas públicas para criação de áreas protegidas. "O modelo de consulta precisa ser mudado. Não deveria ser apenas uma audiência, mas sim todo um processo de educação e esclarecimentos sobre os benefìcios das áreas protegidas", disse.
Para Fábio França, gerente de projetos do DAP, o País tem de repassar os conhecimentos adquiridos. "Nossa participação poderia ter sido ainda melhor. Deu para perceber que o Brasil está na vanguarda em muitos aspectos. Estamos no momento de transmitir experiências e tecnologias", disse.
(Por Adriano Ceolin, Ascom MMA, 08/10/2007)