O Equador deve voltar em breve a fazer parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), da qual se retirou em 1992 para promover seu "fortalecimento" e receber ajuda técnica de outros países, confirmou nesta segunda-feira o ministério de Minas e Petróleo. "O país poderá se beneficiar das políticas de comércio internacional que regem a Opep, ter acesso à documentação sobre o mercado de futuros e o respaldo da organização para a realização de suas políticas", declarou um comunicado do ministério.
O Equador entrou no bloco em 20 de novembro de 1973 e se retirou 19 anos depois por não cumprir as metas do sistema de cotas. O país deixou uma dívida pendente de 5,2 milhões de dólares. Ao mesmo tempo em que negocia sua reincorporação à Opep, o presidente Rafael Correa traça uma nova política no setor para modificar os contratos com as petroleiras estrangeiras, incluindo a Petrobras.
O primeiro passo do governo foi cortar ao máximo os lucros extras que eram destinados às companhias pela alta do preço do petróleo. No sábado, Correa anunciou uma possível viagem em novembro à Arábia Saudita, maior exportador de petróleo do mundo e onde acontecerá a cúpula da Opep, para consolidar o reingresso equatoriano.
Arábia Saudita e Venezuela são a favor da volta do Equador à Opep. O Equador é o quinto maior produtor sul-americano de petróleo. Em 2006 o país produziu uma média de 536.000 barris por dia (b/d), dos quais 53% correspondem a petroleiras privadas. Entre janeiro e julho de 2007, a produção equatoriana chegou aos 506.000 b/d.
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AFP, 08/10/2007)