Sapucaia do Sul - A Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Sapucaia do Sul anunciou na tarde de sexta-feira que deverá dar prosseguimento ao projeto de paisagismo da praça General Freitas, no Centro da cidade. A partir da segunda quinzena de outubro, deverão ser retiradas 29 árvores da praça. A secretária do Meio Ambiente, Miriam Colombo, garante que todas as plantas serão de espécies exóticas, e que as árvores nativas serão mantidas no local.
As 29 árvores que deverão ser retiradas são todas exemplares de jambolão. Segundo Miriam, o objetivo da medida é melhorar o espaço para a visitação da população. Todas as árvores foram mapeadas e a Secretaria já definiu aquelas que serão retiradas da praça, que tem, ao todo, cerca de 140 árvores, 90 delas exemplares de jambolão. O projeto de paisagismo data de janeiro de 1997, e vem sendo realizado aos poucos.
Para Miriam, a medida deve ser encarada como um incentivo à visitação da praça. No passado, de acordo com a secretária, a praça contava com 280 árvores, e a população utilizava o espaço com menos freqüência, com medo de assaltos e morcegos atraídos pelos frutos das plantas. “Para o cidadão ter algum sentimento pela natureza, ele precisa ter contato”, defende Miriam. A idéia é melhorar as condições da grama no local e promover o plantio de flores. As árvores serão retiradas para aumentar a incidência do sol. “As árvores nativas também vão ficar mais livres”, completa.
NativasComo contrapartida, a Secretaria do Meio Ambiente promete plantar na cidade 450 mudas de árvores nativas. “O município vai plantar o que é devido”, afirma Miriam. Os locais para o plantio já estão escolhidos. A princípio, a Secretaria deverá semear as árvores no bairro Jardim América e na área próxima ao aterro sanitário do município. Além disso, existe também a intenção de plantar árvores em algumas avenidas da cidade. Esta decisão, no entanto, ainda depende de um estudo para verificar a presença e as condições da canalização que eventualmente passe sob as vias.
O presidente do Centro de Estudos Ambientais (CEA), Odi Silva, acredita que o corte das árvores é um mal necessário. “Para se fazer um serviço bom, algumas árvores devem ser retiradas, infelizmente”, afirma Silva. “São árvores exóticas, que foram plantadas muito perto umas das outras, sem nenhum critério. Ficava muito denso, e a população não podia ficar lá”, lembra.
(
Jornal VS, 08/10/2007)