Em parceria com a Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará (Aimex), o Museu Paraense Emilio Goeldi (Mpeg) lançou o livro Manejo Florestal nas Várzeas: Oportunidades e Desafios.
O volume, organizado por dois pesquisadores da Coordenação de Botânica do Mpeg, Rafael Salomão e Mário Jardim, e pelo engenheiro florestal Evaristo Terezo apresenta exemplos bem-sucedidos de manejo em áreas alagáveis da floresta amazônica.
Os 20 autores dos três capítulos que compõem o livro discutem limites técnicos e legais do processo de implantação de manejo florestal na várzea amazônica. Segundo eles, que traçam um panorama da trajetória da atividade na região, embora a exploração em larga escala da madeira na Amazônia tenha iniciado na década de 50, ela remonta aos tempos do Brasil Colônia. A exploração madeireira que ocorre em diferentes graus de intensidade se constitui alvo de disputa fundiária, comercial e política.
A obra é resultado de pesquisas desenvolvidas desde 2003 envolvendo coleta de dados junto a atores da exploração de recursos naturais das várzeas desde o Amazonas até o Pará.
Ao todo, três estudos são apresentados. O primeiro caracteriza e apresenta as restrições e oportunidades da adoção do manejo florestal. Além de apresentar experiências bem-sucedidas de manejo em várzea, ele inclui dados sobre a intensidade, a produtividade e revela medidas de redução de impactos ecológicos.
No segundo capítulo, os autores tratam diretamente da produção como atualmente é conhecida, da comercialização e do potencial de certificação da madeira extraída na várzea com destaque para a importância socioeconômica da atividade. Os obstáculos e oportunidades do manejo de produtos não-madeireiros de floresta de várzea foram incluídos no terceiro capítulo do livro.
Mais informações: (91) 3274-1811 ou 3249-8502.
(Agência Fapesp, 08/10/2007)