Um desastre ambiental ocorrido há 35 anos em Porto Alegre se transformou na exposição fotográfica Ensaio Sobre o Dilúvio, presente no saguão do Plenário Otávio Rocha da Câmara Municipal até quinta-feira. Além de relembrar o fato, o projeto tem como objetivo alertar a população para os cuidados com o ambiente.
Em setembro de 1972, o ambientalista e técnico da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) Cilon Estivalet foi designado para acompanhar a implantação do Parque Marinha do Brasil. Na ocasião, ele decidiu registrar, com fotos, o cotidiano de uma família que vivia sob a ponte da Avenida Borges de Medeiros, às margens de um arroio infestado de peixes mortos. Três décadas e meia depois, as imagens chegam ao público.
- Na época, a consciência ambiental estava despertando - diz Estivalet.
O ambientalista acredita que as 12 imagens expostas, apesar do tempo em que foram tiradas, revelam uma realidade ainda presente na Capital:
- O Arroio Dilúvio é especial, serve como a artéria principal de Porto Alegre. Infelizmente, não melhoramos nestes 35 anos. Apesar do registro ser antigo, o problema é atual.
Além das fotos, a exposição traz os 12 princípios de preservação criados pela Carta Européia, em 1968, que tratam da organização, capacitação, responsabilidade e educação para melhorar cuidados com a água.
Mais do que atingir as pessoas que forem à Câmara, Estivalet espera levar o ensaio aos jovens:
- Em junho fui a inúmeras escolas de Canela e mostrei as fotos.
ServiçoO que: Exposição Ensaio Sobre o Dilúvio, de Cilon Estivalet
Onde: Saguão do Plenário Otávio Rocha, na Câmara Municipal de Porto Alegre (Avenida Loureiro da Silva, 255)
Quando: até quinta-feira, 8h30min às 11h30min, e 13h30min às 18h
Quanto: entrada gratuita
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Zero Hora, 08/10/2007)