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biodiesel
2007-10-08
Os obstáculos ao programa de biodiesel não se restringem a problemas de planejamento e produção. Há resistência das montadoras em aceitar mistura superior à exigida pelo governo -hoje 2%- mesmo com tecnologia disponível para adoção de até 100% de biodiesel em caminhões e ônibus. Isso estaria atrasando o aumento da produção. O motorista que usar percentual maior que o previsto perde a garantia do motor.

Os fabricantes do biocombustível dizem que "falta iniciativa" do setor automotivo para acelerar o consumo. A maior reclamação é que nenhuma montadora no país dá garantia para o motor que usa mistura superior a 2%. Se isso acontecesse, dizem, a demanda pelo combustível seria maior, poderia haver elevação de preços e a produção seria mais rentável.

"Acredito que há certo comodismo, inércia da Anfavea [associação das montadoras]", diz o presidente da Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel), Juan Diego Ferrés. Para ele, o comportamento impede iniciativas das distribuidoras, que poderiam vender produto "verde" com mistura superior à exigida. A legislação atual obriga a adição de 2% de biodiesel ao diesel mineral vendido no país a partir de 2008 e 5% após 2013. Em discursos, o presidente Lula tem dito que antecipará a adição de 5%, o chamado B5, para 2010, último ano de governo.

Nas montadoras, o principal argumento é que não foram feitos os testes para a mistura maior, o que especialistas questionam. O professor de mecânica automotiva do Instituto Mauá de Tecnologia, Renato Romio, diz que testes já mostraram que a mistura de 5% pode ser feita e o uso de 100% de biodiesel poderia ocorrer com poucos ajustes.

A Folha apurou que essa resistência das montadoras tem gerado certo desconforto no governo, principalmente no Ministério do Desenvolvimento. Alguns técnicos dizem que a demora poderia ser usada como forma de "barganhar" condições favoráveis para o setor.

Procurada para comentar o caso, a Anfavea divulgou nota dizendo que a entidade apóia o programa de biodiesel e que o uso de B2 "não traz problemas aos veículos, os quais continuam cobertos pela garantia, no decorrer do período originalmente dado". Ela informou que não comenta rumores.

O diretor do centro de metrologia em química do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e diretor de biocombustíveis da AEA (Associação de Engenharia Automotiva), Antônio Bonomi, admite que a mistura de 5% praticamente não exige alterações nos motores, mas diz que a cautela das montadoras pode ser explicada pela qualidade do biodiesel brasileiro. Para ele, faltam alguns dados sobre o controle de qualidade do combustível. (FN)

(Por Fernando Nakagawa, Folha de S.Paulo, 07/10/2007)


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